O Lado Fiel da Balança

A polarização política que há no Brasil nos dias de hoje, acrescento também moral e ética, chega a patamares assustadores. Ataques pessoais, desentendimentos entre familiares, principalmente via grupos de redes sociais, desrespeito ao pensamento alheio e ao posicionamento político, têm estado em evidência. É natural e saudável haver contrapontos, mas os níveis atuais são alarmantes. Há de ter direita e esquerda para haver um nivelamento. Imaginemos uma balança: de um lado a direita e do outro a esquerda. Agora imaginemos essa balança trabalhando nos últimos trinta anos e o lado esquerdo sendo alimentado ininterruptamente, engordando instituições como Universidades, ONGS, partidos, políticos, formadores de opinião e intelectuais, infiltrando lenta e gradualmente o ideal comunista, sempre pela via pacífica, legal, constitucional, usando uma propaganda subliminar, imperceptível aos incautos, sem nunca declarar que isso estava sendo feito e, paralelamente, assaltando tudo e todos, roubando estatais, posando de salvadores de uma sociedade eternamente condenada à pobreza e à dependência do Estado.

Já o lado direito da balança perdido, encolhido, medroso, magro de liderança, raquítico de ideal, amordaçado. Conclusão: o lado esquerdo, pesado como barras de ouro, abastecido por todos os meios possíveis de uma corrupção sistêmica, antiético e completamente amoral, triunfou numa vitória que parecia eterna, aos olhos deles. O plano de poder perfeito. Antônio Gramsci explica na sua teoria da hegemonia e a ocupação de espaços.

Como se deu a reviravolta?

Tudo começou, a meu ver, com vinte centavos. Imagine, vinte centavos aos olhos de barras e barras de ouro. Quem acreditaria que um movimento iniciado pelo lado esquerdo da balança seria o gatilho para tamanha reviravolta do lado direito?!

Como diz a velha máxima: “Você pode enganar uma pessoa por muito tempo; algumas por algum tempo; mas não consegue enganar todas o tempo todo.”

Fomos ludibriados por décadas. Mas o peso mudou de lado. A sociedade organizada e de bem acordou e buscou forças para virar o peso da balança. Agora é a hora de alimentar o lado direito, do conservadorismo, da família, da política econômica liberal, da liberdade de possuir uma arma se for de sua escolha, de menos Estado e mais Brasil, de mais deveres, de mais respeito, de mais educação sem viés ideológico, de menos impostos, de menos bolsas tudo e mais oportunidades reais. De respeito ao privado, de incentivo à iniciativa privada para geração de empregos. Eu poderia discorrer aqui por várias linhas para expressar o desejo do lado direito da balança. Mas o grande diferencial é o Estado mínimo.

O país ideal é ter a balança em nível. Um nível político, não de esquerda ou de direita, mas de respeito com a sociedade, com o dinheiro público. Com a verdade acima de tudo. Já com relação à ética e à moral, não há nível, ou se é ou não o é. Aqui a balança não tem espaço.

O meu lado fiel da balança tende para o direito, sempre. E o seu, caro leitor, qual é?”