O PREÇO DA LIBERDADE
Brasileirinho era um cão, amado por todos. Seus donos lhe davam todo o conforto, pois eram pessoas de boa posse.
Brasileirinho, embora tivesse naquela casa toda a comida, banho, tosa, sempre pensava: - por que não posso ser como meu parente lobo? Este tem plena liberdade de passear pela floresta; correr no prado. Eu, aqui, quando meu amo me leva a passear, coloca em meu pescoço esta maldita corrente. Quando faço qualquer menção de correr, para melhor usufruir esse momento de aparente liberdade, ele freia-me, quase me sufocando.
Certa vez, meu dono descuidou-se, deixando o portão aberto. Fugi, pois não suportava mais aquela prisão.
Corri até a floresta, onde, juntamente com meus parentes, pude gozar daquilo que mais desejava: a liberdade. Vi como é agradável respirar o ar puro da campina; banhar-se nas cascatas; alimentar-se daquilo que a natureza oferece.
Percebi, então, como a liberdade é necessária para que a gente possa entender melhor o sentido da vida.