Deixe-me pescar, professor!
Foi no tempo em que cursava a faculdade de Economia, na UFC. Repetia pela terceira vez a cadeira de Cálculo I. No dia da prova: desespero! Confabulo com o professor, raspando toda a assertividade que existia dentro de mim: Caríssimo mestre, não dá mais! Vou `apodrecer´ aqui dentro. Nasci para ser poeta. Deixe-me pescar, pelas cinco Chagas de Cristo. Veja bem: A esta altura já sou um grande prejuízo à nação.... E falei... falei... E pesquei... pesquei... E como! E ao lado da prova, escrevi este acróstico.
Caro professor:
C onsciente estou de que
A prender esta disciplina
L eva-me ao martírio
C onsciente também estou da
U niversalidade da mesma
L imitando assim, a minha
O jeriza que sinto a esta ciência tão inerente à vida.
Encurtando a história: não passei, mas não apodreci lá. Fiz outro vestibular. Pra Letras, claro!E... me fiz poeta e escritor. Estou feliz? Mais feliz do que mosquito em jaca `pôdi´!