A língua é uma convenção

Escrever errado não é sinal de estupidez. A língua é uma convenção, um malabarismo de como se fala e como se escreve. Boa parte dos erros acontecem nessa tradução. Não é culpa de quem não aprende a sua malandragem. O telefone de hoje não é o mesmo telephone de 80 anos atrás. O pára do verbo parar até perdeu seu acento. São regras, com lógica, mas também com muitas exceções. Sim, quem escreve muito bem é inteligente nisso. Mas quem não escreve não deve ser penalizado, humilhado, mesmo se for um mínion de direita [ainda que esse já venha com um pedregulho na mão, na hora de debater]. O português veio do latim vulgar. Imagine um latim de cortiço, cheio de gírias e palavras escritas "errado'?! O certo e o errado ainda existem na hora de escrever. Mas são relativos à convenção usada no momento. É importante reconhecer o que realmente faz uma pessoa inteligente: sua curiosidade, sua vontade e capacidade de aprender [em relação a tudo que for possível]. E quanto às palavras. Saber quem são, como vivem, o que fazem.. e como usá-las. Se é um português formal ou não, a natureza da língua é ser diversa e fluida.