Crédito de imagem nbnbrasil.com.br
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**  SER MULHER ...    NÃO É FÁCIL



 
Quem quiser tem todo o direito de discordar do meu pensamento, mas, ao longo dos meus quarenta e nove anos de vida eu penso e tenho para mim que: ser mulher, não é nada fácil. Por quê penso assim? Bem, tudo começa na puberdade, quando começamos a nos tornar mulher, onde tudo se tansforma de forma bem radical em nosso corpo, e principalmente, digo e afirmo, sangrar todo o mês, com cólicas, TPM, dores de cabeça, mudanças hormonais e o diabo a quatro, não é uma sensação das mais agradáveis. Menstruação é uma das coisas mais horrorosas que já vi na minha vida, e passar até cinco dias com ela não é tarefa fácil. Concordo com a Rita Lee quando ela canta aquela música: "mulher é bicho esquisito.... todo mês sangra..." na música cor-de-rosa choque. Somos guerreiras, sim, e já começa por aí. Tem que ser muito guerreira mesmo para passar por tudo que a gente passa nesta vida. TPM, nesta fase, mudanças de humor várias vezes ao dia, e ai de quem olhar torto ou jogar uma piadinha atravessada, vai ter que ouvir poucas e boas. Sensibilidade à flor da pele, vai às lágrimas por qualquer motivo, culpa dos hormônios, não dela. É claro que isto varia de mulher para mulher, umas sentem mais, outras menos, mas convenhamos, não é uma situação nada agradável! Haja chocolate para amenizar a situação! Carinho e cafuné para aliviar a tensão! Homens, vocês definitivamente não sabem o que é isto, só imaginam como possa ser. Quando chega a hora da maternidade, outra mudança considerável, livres da menstruação mensal, que alívio!  Mas, aí vem outra carga pesada pela frente. Mudança no corpo, inchaços, engordar e comer até a morte, fome desesperada para muitas, e no meu caso, passar mal durante três longos meses intermináveis, onde nada para no organismo, às vezes, nem mesmo um Nissin Miojo,  que hoje, venhamos e convenhamos, nem consigo ver e sentir o cheiro de tanto ter comido aquele troço que eu achava super gostoso na época, porque era a única  coisa que parava no meu estômago. Affff ... sem comentários.... O lado bom, é gente, sempre tem um lado bom nesta história, é que no final da gravidez, voltava a ser magrinha como antes da gestação, sem ter um quilo que seja a mais, claro, depois de muito sofrimento. Fora ver aquela barriga crescendo, crescendo, o ser divino, mexendo, mexendo, chutando, parecendo estar numa partida de futebol! E na reta final então, nenhuma posição é cômoda, não conseguimos nem dormir, tudo está ruim. Momento em que olhamos para o lado e o marido, dormindo, como um anjo. Então a gente  pensa: A vida não é justa! Eu aqui sem poder dormir e vou acordar igual a um zumbi! Aí chega o maravilhoso dia do parto! Que incrível,  pensamos, hoje terei meu corpo de volta e tudo vai voltar a ser como antes, vou dormir, comer, viver, ser eu mesma novamente. Neste momento vamos para o hospital com malas e bagagens na fé de que tudo vá acabar logo, logo. Chegando lá, passamos por todos os procedimentos e somos levadas para a sala de parto, não tem dilatação suficiente, tendo que aguardar e nisto passam-se as horas, minutos e segundos, tudo conta para nós, na angústia de que tudo termine bem. Novamente sem dilatação suficiente, lhe colocam num soro para aumentar as benditas contrações. No começo, de boa, tudo certo, tranquilo e sereno, mas, vai passando o tempo e aquele soro, que no princípio, não afetava em nada, de repente você começa a sentir que tem algo te rasgando ao meio, e uma dor cruciante lhe invade, vem e vai de tempos em tempos, então é de madrugada e os residentes não estão por perto, por certo dormindo, enquanto você está lá sozinha e sofrendo horrores, e você começa a gritar como louca para que alguém lhe ouça e venha lhe acudir, porque você está quase morrendo de dor. Vem o residente e verifica a atual situação e lhe diz com a maior cara de pau: não vai dar tempo para a anestesia (peridural) vamos fazer o parto, já está praticamente nascendo. Nisto eu vi minha vó pela greta, literalmente. Bom, o neném nasceu, nem queira saber mais detalhes, acredite, não vale à pena. Depois disto, feliz com o pimpolho nos braços, reconhecendo enfim a maior maravilha da natureza e da vida, tudo superado, vamos ao dia a dia da questão. Noites sem dormir, infinitas, o rebento acorda e chora a noite inteira. É cólica, não! É fome, não. É fralda molhada, não. A ponto de deixar a agente louca.... de sono e de cansaço. E o marido... dormindo... Passam-se os anos e chega a tal famigerada menopausa e a gente pensa: até que enfim vou me livrar deste sangramento mensal insuportável! Doce e ledo engano. Isto é fichinha perto dos sintomas que a gente sente, e claro, varia de mulher para mulher também. Mas eu digo e afirmo, isto não é de Deusssssss! Ô fase sô. Novamente mudanças hormonais, agora com o fim do período fértil da mulher, engordar, mesmo comendo a mesma coisa de antes. Cabelos brancos chegando, pele ressecada, mudanças no humor novamente, uma tendência à depressão, pensando: Estou ficando velha. Coisa normal, diriam alguns, mas vá passar por isto tudo e achar normal! Um calor que parece que estamos ardendo no fogo do inferno, em vida. Reposições hormonais, para quem pode, alivia muito os sintomas. Mas quem não pode, sofre! Tratamentos, exercícios, alimentação, tudo isto tem que ser muito bem verificado e revisto, com acompanhamento médico, senão o sofrimento é maior ainda. Enfim, fora outros infinitos sintomas que nem vou citar aqui no momento. Então eu digo e repito: Ser mulher ... não é nada fácil...

 
E aturar comentários manchistas em pleno século XXI ...
É de doer!!!

o som de
Rita Lee
Cor-de-rosa choque

https://www.youtube.com/watch?v=0zYEasxCGy0


** Uma homenagem as mulheres guerreiras deste universo, porque tem que ser muito guerreira mesmo.

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Grata! Fernanda - muito criativa - Xerez!!!
Flor do deserto e da inpiração!!!
:)


 
***MULHER  É  BICHO ESQUISITO***

Mulher é mesmo bicho esquisito
esquisito e que sangra
sangra mês sim e outro também
também tem um jeitinho bonito;

Bonito seu olhar de menina
menina que virou mulher
Mulher é mesmo bicho esquisito
esquisito mas cheio de graça;

Graça e beleza ela desfila
desfila na passarela da vida
Vida diferente leva toda mulher
Mulher é mesmo bicho esquisito;

Esquisito mas que encanta
encanta por onde passa
passa, passa, linda mulher
Mulher é mesmo bicho esquisito;

Esquisito? que nada, imagina
imagina o seu amor, que lindo
lindo é o seu sorriso de mulher
Mulher é mesmo bicho esquisito!


____Beijo de Flor* pra ti!____


 

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** Curiosidades....
 
Um raio-X da morte materna no Brasil
Pouco debatida, morte durante a gravidez, parto ou puerpério vitima silenciosamente cerca de cinco mulheres por dia no País.
28 mai 2018
Em 2016, 1.829 mulheres morreram no Brasil por causas relacionadas a ou agravadas por gravidez, parto ou o puerpério (período pós-parto de 42 dias). Isso equivale a cinco mortes diárias. No mundo, 830 mulheres morreram por dia por essas causas, apontam dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Óbito preocupa tanto as autoridades de saúde que tem uma classificação internacional específica: morte materna
Causas múltiplas
Apesar de pouco debatido, o tema é complexo. A mortalidade materna é resultado de fatores biológicos, econômicos, sociais e culturais, que não se referem a óbitos por causas acidentais, mas sim a causas que poderiam ser evitáveis ou tratadas.
No Brasil, as principais causas da morte materna são problemas agravados pela hipertensão, diabetes e ocorrência de hemorragias.
Morte materna no Brasil
Os dados preliminares de 2017 do Ministério da Saúde mostram que houve uma pequena redução nas mortes maternas no Brasil em 2017, mas elas ainda são frequentes e ocorrem em todos os estados nacionais: enquanto 65.481 mulheres morreram em idade fértil em todo o território em 2016, em 2017 houve 57.560 óbitos, sobretudo por hemorragias e hipertensão.
Segundo autoridades ouvidas pela reportagem, as causas de morte materna no Brasil estão relacionadas com a qualidade e ineficiência dos serviços do Sistema Único de Saúde, SUS, como a atenção pré-natal, ao parto e ao puerpério.
"Mulheres que dependem do SUS sofrem vários tipos de falta de atenção e violências. Uma delas é a necessidade de cesáreas que não são realizadas porque o sistema, no momento daquele parto, já atingiu o limite permitido, por exemplo", explica a enfermeira obstetra Alaerte Leandro Martins, membro da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos.
 
Em 2016, 1.829 mulheres morreram no Brasil por causas relacionadas a ou agravadas por gravidez, parto ou o puerpério (período pós-parto de 42 dias). Isso equivale a cinco mortes diárias. No mundo, 830 mulheres morreram por dia por essas causas, apontam dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Fonte:

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/um-raio-x-da-morte-materna-no-brasil,148c431622782bf03f77bee5a073e91bwx8qegk1.html
 
Sandra Rosa
Enviado por Sandra Rosa em 08/10/2019
Reeditado em 11/10/2019
Código do texto: T6764417
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