O PRINCÍPIO DAS COISAS

Ah esse amor que era tão moço e vivo

trazia frutas e vinho , flores e um

sorriso de palavras num gosto

sensível de ouvir de perto.

Eu gostava do cair da noite sobre

os ombros molhados da neve,

de quem, breve nada dizia e ficava

a vontade esperando tirar minha

atriz de cena , e cantar para somente

o amor ouvir sobre desejos.

E o desejo abriu minha manhã no

dia que, cansada de esperar o frio

voar sobre as folhas que caiam quase

devagar lá embaixo, trouxesse um

anseio leve de surpresa. E não um senhor travestido de dono do interior perdido agora da sobra ofendida que cai por engano feito pele de caça esposta num leilão qualquer.

Nesse pano de fundo ele nada falou, e saiu dizendo que voltaria outro dia , porque não olhava para traz , não se despedia. Andava sério, astuto e firme

num compasso de lord das ruas e sumiu na esquina, onde uma luz havia se apagado.

Por meses e outro desses no convite sempre vivo de olhos contidos da mesma força do crime cometido. Descidi dar-me ao abraço das coisas tolas das outras , e vi meu corpo nadar

num suor mais parecido com meu sangue....