Sergio Moro, o faxineiro da casa nº 58

Sergio Moro, o faxineiro da casa nº 58

As Organizações Globo estão entrando na disputa sucessória ao Planalto com a divulgação do depoimento que o porteiro do condomínio onde moram o presidente e o suposto assassino da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, prestou para a polícia.

A Globo está tentando puxar o tapete de Bolsonaro, como fez com Fernando Collor e Dilma Rousseff. Só que o governo sabe muito bem como manusear uma arma, foi rápido no gatilho e programou o ministro Sérgio Moro, também conhecido como esparro da milícia, que prontamente tratou de passar pano na casa de número 58 do condomínio Vivendas da Barra.

Em 1992, quando Collor não servia mais a seus interesses, a Globo aproveitou-se da audiência da série de televisão Anos rebeldes, apresentada na emissora dos Marinhos, para fomentar as manifestações de rua que legitimaria seu impeachment. A minissérie serviu de inspiração para o surgimento dos caras-pintadas.

No golpe contra a Presidenta Dilma Rousseff a estratégia utilizada, além do massacre diário nos telejornalismos, foi a divulgação dos locais onde os manifestantes manipulados se concentrariam. As equipes de jornalismo da empresa fizeram plantão e transmitiram ao vivo, direto das ruas, por toda a programação. Das manifestações golpistas surgiram os patos amarelos.

Li, em alguns comentários, que a guerra Globo x Bolsonaro soa como música, na levada do ‘eles que se matem’. Esse duelo pode trazer de volta uma versão nova dos caras-pintadas e patos amarelos, que historicamente tem deixado lideranças e partidos políticos na condição de coadjuvantes.

Caso queira levar adiante a derrubada de Bolsonaro, a Globo vai organizar sua milícia novamente, manejando o rebanho na hora e no local que julgar conveniente. Desse eventual levante, que pode entrar para a história como A marcha das hienas, outro Batman será carregado nos ombros da massa manobrada, e a esquerda vai ficar para trás novamente, discutindo a planilha do porteiro do condomínio.

Ricardo Mezavila
Enviado por Ricardo Mezavila em 31/10/2019
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