as nostalgias que me levam até ela.

Sem pretensão nenhuma, peguei o carro e dirigi de forma prudente para qualquer lugar. Qualquer lugar que me despertasse algo que me fizesse sentir emoções.

Não consegui. Até que ela veio, como um sopro.

Rápida, feroz. E me acertou em cheio.

A música era algo que se encaixava perfeitamente neste momento. Era o que eu precisava, era o que me faltava.

O clima nostálgico de fim de tarde, e a chuva que batia levemente no vidro do carro se misturavam a este evento de forma sutil, trazendo a paz que eu tanto queria.

Dirigi sem parar. As vezes passando por poças enormes de água, outras subindo ladeiras que mais pareciam montanhas.

Até que cheguei - ou melhor, até que as sensações me trouxeram até aqui.

O mar se agitou de forma agressiva com a minha chegada, e o vento gélido parecia que iria perfurar minha pele.

Ao longe, na beira do mar, ela brincava.

O meu amor.

Como se sentisse a minha presença, olhou-me.

E sorriu.

Eriberto Andrade
Enviado por Eriberto Andrade em 08/11/2019
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