A QUESTÃO QUE NOS ASSUSTA

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Rio de Janeiro, Terça-feira, 12 de Novembro de 2019

Essa nossa contemporaneidade nos proporciona facilidades mil a respeito de muita coisa. E na comunicação entre todos, tal processo facilitou a nossa expressão com relação à proximidade ou não na conceituação do que se quer expor, apresentar, mostrar, difundir, e vai por aí adiante.

Dessa forma as redes sociais tornaram-se o suprassumo dessa veiculação, facilitando e simplificando todas as ideias que tenhamos para isso. Mas, como tudo, exige um tanto ou certo cuidado nessa veiculação, onde não se pode exagerar naquele antigo conceito de "a bronca é livre". Porque tudo nessa vida deve obedecer um certo, ou total, respeito e limites.

Mas é aí que o bicho anda pegando. Está havendo um certo exagero, e porque não dizer um forte desequilíbrio nessas ações. E é por parte de muitos. E isso já anda acarretando imbróglios de todos os tipos, sendo que o maior deles é a confrontação ideológica, que pode até descambar para a física/corporal. Mas nesse aspecto, está havendo uma profunda divisão e entendimento no que tange à correção, probidade, honestidade, sinceridade e afins.

Nesses tempos atuais, ditos modernos, tudo mudou em relação a isso, se comparado a um passado nem tão remoto em nosso país. A lambança moral tomou conta de quase tudo. E também de quase todos, porque fosse diferente disso e não teríamos a quantidade de processos judiciais correndo na justiça do país. Dizem ser coisa de mais de cem milhões deles. Só nisso se pode avaliar à quantas andam a moralidade nesse país.

Impressiona sobretudo o número de políticos envolvidos em desonestidades. No próprio Congresso Nacional o percentual deles é de assustar. Mas nos demais poderes da república a coisa não anda lá tão diferente. E nessas últimas gestões públicas passadas, tivemos a oportunidade de ver bem como a coisa anda em nosso país.

Preocupa é essa divisão conceitual do que seja correção, porque gente criminosa ao extremo está se fazendo de mensageiro dela, mesmo tendo suas vidas expostas de modo e jeito direto, onde o lado da desonestidade está flagrante, nítida e clara, não deixando nenhuma dúvida a ninguém do que essa gente é na realidade.

E também preocupa a evolução desse processo a cada dia que passa. E o universo desse tipo de gente cresce volumosa e assustadoramente, não nos permitindo perceber, inclusive, onde isso irá parar. É essa a questão que nos assusta.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 12/11/2019
Reeditado em 12/11/2019
Código do texto: T6792902
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