Ponho a minha mão no fogo por ele(a). A origem da expressão popular? Deu-se na Idade Média, durante o período da Inquisição Medieval. O significado? Confiar cegamente em alguém sem receio algum em ser ludibriado, em estar enganado.
Coloca-se muito a mão no fogo pelos outros. Por amigos. Parentes. Conhecidos. Celebridades que nem conhecemos. Coloca-se a mão no fogo até por políticos. Compra se muita briga que não é nossa. Sem sentido. Compra-se briga e põe-se a mão no fogo no mundo real e até no virtual. O resultado? Mãos queimadas. Em carne viva. Corpo esfolado e chamuscado em brasas porque se acreditou, cegamente, não queimariam.
As Escrituras Sagradas já registravam muito antes de Cristo nascer: "enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?" Já uma expressão popular ameniza um pouco a condição humana dizendo que "o coração é como uma caixinha de surpresas." Sim. Nunca se sabe o que pode sair lá de dentro. Ou seria, talvez, uma Caixa de Pandora? Talvez. A esperança ficou.
Há ainda os que apostam ser uma caixa-preta. Um dispositivo que contém registros cruciais sobre nosso voo. Um dia, em algum lugar, ao fim do voo, será aberta. E desses registros haveremos de prestar contas.
Caixinha de surpresa, caixa de pandora ou caixa-preta, a maturidade tem me ensinado a não colocar a mão no fogo por ninguém. Nem por mim.
Primeiro domingo de 2020 - Texto 1