“SUICÍDIO DIÁRIO”
POR JOEL MARINHO
Alguns seres humanos pensam em suicídio, mas a maioria condena, seja por uma questão moral ou simplesmente por amar a vida.
Viva a vida!
Mas pensando bem, somos quase todos suicida, nos matamos diariamente.
Como?
Deixa-me explicar!
Há quem fale ser ferrenhamente contrário ao suicídio, mas já amanhece o dia com um copo de bebida ou um cigarro na boca e ainda pensa que o suicida é somente quem toma veneno direto, dá um tiro em sua própria cabeça, pula de um prédio ou se enforca.
- Malditos, diz um homem do “senhor” com um livro sagrado debaixo do braço!
- Quem tira a própria vida não merece o reino dos céus!
Eis a segunda condenação ao suicida. Talvez ele esqueceu daquela outra passagem do livro “sagrado” em que diz: “Não julgueis para não ser julgado”.
De repente lá está ele se deliciando com um copo de refrigerante ou comendo uma guloseima qualquer fazendo com que seus dias na terra sejam subtraídos por diversas doenças causados por sua refeição mal feita.
Andamos em máquinas quase voadoras soltando baforadas de “veneno” no ar o qual levará o nosso fim e de milhares de pessoas de maneira gradativa e achamos estar abafando.
Sim, além de suicidas somos também homicidas.
Mas nosso crime – se é que é crime – vai se diluindo em meio aos diversos arranjos sociais os quais criamos e nos adaptamos no intuito de nos “livrarmos” dos nossos erros.
Mas uma coisa é certa. A danada da morte não perdoa e não está nem aí para as besteiras que cometemos e ingerimos.
Sejamos então mais espertos e paremos de nos suicidar diariamente de forma consciente ou inconsciente!
Independente da questão moral a vida é algo extraordinário!
Vivamos a vida sem o suicídio diário!