Oi, 2020!

Por um tempo parei de postar fotografias, mesmo dos trabalhos mais bonitinhos e momentos fofos, e... enfim... Nada definitivo! Nada que se afixe. Nada que permaneça... 2019 foi assim. Muitas das coisas boas aconteceram, muitas das coisas de amadurecer me aconteceram, me atropelaram, me invadiram. Foi bom! De tudo que fui, de tudo que tenho, aqui estou eu. Voltei pra mim... Voltei tanto que já quero me dispensar de novo. rs’ Bom! A sensação de ser sua... minha... é absurdamente incrível! Falo de coisas incríveis com certa frequência, eu sei, mas não existe outro adjetivo que expresse a felicidade que é ser eu de novo, que é estar aqui de novo.

De relacionamentos falidos... de muito amor e procura, da ânsia de amar, de beijar, de querer... Sexo! Inícios-fim, fins-início. Sexo início-fim-meio! Amor igual! Esbarrando comigo, me reconhecendo... Me valorizei, me priorizei, me amei! As pessoas foram pessoas... Como disse, nada que permaneça, nada que se afixe. Tentei, mas me atrapalhei nos inícios, ou como costumo dizer, nos fins-meio. Ainda é uma loucura me relacionar. Não consigo com tanta frequência. Relações, sejam elas quais forem, sempre me serão desafios. Sou assim. Essa é uma das respostas. E eu sou! Saber quem eu sou, hoje, para mim é mais importante. Saber que não vou me anular mais, mesmo que doa, saber que digo sim porque quero, saber que mesmo sendo difícil dizer alguns nãos eu digo, saber que me amar é mais... Luz! Sou eu! E não sinto muito.

Um dia, um passo de cada vez, um pé na frente do outro. Me doei. Algumas vezes, doeu! Amei! Algumas vezes, doeu. Machuquei, me machuquei. Abandonei, me abandonaram. Quis, me quiseram. Fiz posições incríveis, outras nem tanto... Nos bancos de um carro, na praia, na banheira, numa cama redonda, no chão, em frente à uma janela que dava pra uma paisagem incrível, em frente à espelhos, em camas já conhecidas, sujando lençóis já conhecidos... Tomando sorvete, cerveja, comendo chocolate, contando, escutando histórias, com lágrimas, com sorrisos... Me ouvindo apaixonada, me vendo amada... 2020, em 2019, eu amei! E me arrisquei. E foi ótimo, em amor, em poesia... Vomitando palavras, sentindo palavras, vivendo palavras... Nelas, por elas, por, em... mim. “De quatro / De lado / Por baixo” dentro! Em cadernetas, em mesas, sobre linhas, sobre corpos, com tinta, com saliva, comigo inteira. Amei!

2020, em breve completo mais um ciclo, e aí sim você começa! Começo com infinitos... Símbolos, planos, vontades, eternidades... E que não falte Amor, (porque eu gostei da brincadeira! rs’) Amor em maiúsculo, como ouvi uma vez. Amor com propriedade e sem posses. Amor livre! Amor. Amor-família-amigos-amantes-trabalho. Trabalho... Dança, teatro, música, poesia, livros... É o que espero de mim, mas espero sempre. Espero. Acredito. Desejo. Realizo. Me espero alma, cor. Realizo alma, cor.

Dos dias vividos, dos ocorridos, das limitações e/ou excessos, hoje me vejo inteira e em paz. Coloco-me a par de mim. Choro minhas dores, olhos os machucados e respiro. Me aceito na minha calma... Ignoro coisas, busco outras, paro, e estou aqui. De tudo, é magnífico estar aqui comigo! No fim das contas, “a gente só quer ser a gente” e briga pra ser.

2020, desculpa por ter metido o pé na porta! E obrigada pelo abraço!

Crônica publicada no blog:

https://francielysampaio.blogspot.com/2020/01/oi-2020.html

Franciely Sampaio
Enviado por Franciely Sampaio em 12/01/2020
Código do texto: T6840032
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