Velha amiga.
O ser humano é e sempre foi dependente de certezas. Mesmo em um mundo completamente relativizado como o em que vivemos hoje as verdades absolutas são as mais confortantes, ou as mais temíveis.
Nós vivemos em busca da felicidade, e supomos encontrar ela na estabilidade. Mas a realidade em diversos momentos é outra, o que não é percebido é que a felicidade não é fixa, não é constante e muito menos estável.
A felicidade é o como o conhecimento, nunca um ser conhecerá tudo, nunca será o suficiente. Uma pessoa nunca será feliz em todas as áreas de sua vida, e nunca terá constância nas que tiver a sorte de encontrar. A felicidade é aquela velha amiga que a gente ama, com quem a gente se preocupa, mas que nem sempre mantemos contato.
Se posso com total humildade aconselhar o mundo, com o pouco que aprendi em minhas experiências ate hoje é que a felicidade vem através das situações menos convencionais.
A minha amiga felicidade vem muitas vezes de conquistas pequenas, de acordar assustada e perceber que ainda tenho um tempinho para dormir, de bom dias sinceros e troca de olhares amorosos na rua, de sentir Deus nas minhas orações, de ouvir de uma bibliotecária fofinha " você é uma menina tão doce", de ver uma mãe com seu bebê, de sentir o sol me aquecer, ouvir musica, ver um filme emocionante e ou lembrar de algo engraçado.
A minha amiga felicidade vem e vai, e tudo bem, eu deixo ela ir, porque se tem algo que eu aprendi é que se a gente sofre é pra evoluir e que cada lagrima é uma visita a mais que ela faz na minha casa.
Um dia uma moça disse que nós seres humanos somos como uma eterna construção, nós estamos sempre com a plaquinha " desculpe o transtorno estamos em obra". Eu concordo.
Eu amo minha amiga e amo ainda mais por entender que ela precisa ir. Às vezes é na bagunça que a gente se acha.
Mas se alguém não entender isso, não entender que a minha fragilidade é evolução eu só posso dizer :"Desculpa o transtorno eu estou em obras".