Gula, uma inclinação comum.

Gula, um dos sete pecados capitais. Pecado do excesso. Comer muito, sem ter fome é errado. Comer muito, sem ter apetite é uma atitude desvirtuosa. Sim, pois só existe virtude na moderação. Comer em excesso é uma falta de virtude.

Gula, um desvio humano, mas prazeroso. O sonho. O sarapatel. O pão de queijo. O quindim. O chocolate. O torresmo. Tudo isso é ótimo, mas quando extrapolo, degustando-os em excesso, eles perdem o sabor e a graça.

Quase sempre não resisto à tentação do paladar, peço "bis". Um a mais, um a menos não fará mal a ninguém, não é mesmo! Com isso, mostro pra mim mesmo que não tenho domínio próprio. Fui vencido. Paladar, um inimigo comum. Paladar, inimigo da dieta.

Quem nunca passou dos limites, segurou suas inclinações, dominou os seus instintos, tornou senhor de si mesmo.

Você se torna servo quando se deixa ser dominado pelo que te domina. Dizer não ao seu paladar é o mesmo que dizer: “Sou Senhor de minhas inclinações, elas não me dominam”.

Felizmente, às vezes a gula me domina, pois amo comer, de vez em quando de forma desmedida.

O bacana é comer de forma moderada. É na moderação que não abandonamos aquela prática. Na moderação há prazer. Saboreamos com prazer, quando há equilíbrio.

É na carência dos sabores que nosso paladar fica aguçado. Fica claro que, no excesso tudo perde o gosto. Fica enjoativo. Fica com gosto de não quero mais!

Gilliard Oliveira de Souza
Enviado por Gilliard Oliveira de Souza em 21/01/2020
Reeditado em 24/08/2020
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