Vinde a mim os oprimidos e sobrecarregados

O fato é que existe um grave risco de alienação e de ideologização do cristianismo quando se pensa somente no sobrenatural e consequentemente há um esquecimento da realidade agregada ao que chamamos de natural. Podemos afirmar ser um erro amargo, quando se pensa no cristianismo como uma religião do sobrenatural somente. Como se a realidade e a problemática do mundo real, fosse algo distante e fora de si. Em nenhum momento Cristo se ausentou da História. O Mestre era engajado nas problemáticas sociais de sua contemporaneidade. O problema da mulher, da criança, da FOME, do oprimido pelo desgoverno. O problema da RELIGIOSIDADE que rouba o espírito dos desavisados. O problema do racismo e do preconceito. A pobreza. O egoísmo do rico. Cristo se insere na realidade e mostra que é possível uma espiritualidade que não se mostre negligente com a coisa mundana.

Corre-se o risco de se fetichizar o cristianismo, obrigando o "crente" a crer numa ordem sobrenatural, num mundo totalmente à parte deste em que vivemos. Vive-se uma fé verbal, teórica, sem prática, sem ações, sem a aplicabilidade das mensagens crísticas no cotidiano "real", onde vivem os homens que são os verdadeiros alvos desta mensagem de VIDA...

Cristianismo é mais que sermões dominicais!

Cristianismo é a inserção prática do crente no mundo real...

TEOLOGIA DO OPRIMIDO.