Para não esquecer

Calçou os sapatos
Vestiu a melhor roupa
Enfeitou os cabelos com fita colorida
Fez da flor o melhor adereço
Enfeitada, desfilou pela calçada
Seus olhos brilhavam
Era amor do início ao fim
O samba cantado, a bateria ritmada e o sorriso nos lábios 
Destino traçado, uma avenida, alguns metros e muita euforia 

Atravessar a avenida defendendo o pavilhão,  orgulho e realização ao entoar um refrão que emociona arquibancada e levanta a multidão

A passarela interminável demonstra seu fim, o êxtase daqueles minutos, registros repletos de flashes, e o sorriso do dever cumprido é apagado num estampido, a face muda, vai da alegria ao desespero, as mãos que estavam erguidas, regendo a multidão a entoar o samba, de repente para!

Diante do portão, quando planejava festejar com todos da ala na dispersão, é uma bala que apaga o brilho,  desfaz encanto e registra com sangue o destino final da passista, diante do portão que fecha o desfile, caiu,  manchando de sangue  e reforçando o roteiro com um tiro certeiro no coração.

Quem matou Mariele!?!? 
 
Renata Rimet
Enviado por Renata Rimet em 06/02/2020
Reeditado em 06/02/2020
Código do texto: T6859336
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