Beirando os 57

Próxima terça-feira é dia do meu aniversário, daí resolvi escrever esta pequena narrativa, analisando os pormenores dessa vida de erros e acertos como todo ser humano.

Aprendi que você só muda quando quer e que existem pessoas que não mudam nunca, que ninguém muda ninguém alguns mascaram e escondem sua verdadeira face porém não conseguem sustentar por muito tempo.

Descobri que quem mais demonstra carinho na realidade não é do fundo do coração é só um rótulo para ser aceito e querido.

Quem não demonstra afeto é tido como frio quando na realidade são pessoas que não conseguem ou nem sabem exprimir sentimentos.

E que existem pessoas que até na hora da morte ou doença conseguem fazer uma espécie de encenação para que venha a atenção sobre si, pois sabemos na realidade que a verdadeira dor só vem com o tempo com a falta ou o sentimento de piedade pelo sofrimento do que adoeceu.

Existem pessoas que se transformam e renascem e conduzem sua vida de forma reta passando pelas piores situações enquanto outros abastados não conseguem sentir um espinho ou uma unha encravada tornando-se motivo de estardalhaço.

Há ainda os que vivem amargos, vazios pois só querem ser reconhecidos por coisas que nunca fizeram e pior fazem da crítica ferrenha sua companhia dileta, esquecendo de levar adiante seus sonhos e planos e enquanto isso a vida passa.

Enfim nos últimos anos resolvi investir em mim me melhorar incluindo nessa mudança não deixar que me humilhem, que me façam de trouxa, que me diminuem, aprendi a me respeitar, a dizer não e a só me doar para quem merece receber os meus melhores sentimentos, desde que me façam bem também pois para mim a vida é uma troca.

Não adianta o se dar por se dar, quem recebe se acostuma e acaba por achar que é obrigação sua sempre está disposto a servir e para finalizar a vida é uma eterna roda gigante com suas eternas voltas.

Clara de Almeida
Enviado por Clara de Almeida em 09/02/2020
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