ARMAS NUCLEARES

A produção de armas nucleares pelas grandes potências salta aos olhos da população mundial causando não só extrema preocupação, mas perplexidade.

O potencial destrutivo desses armamentos pode levar à extinção total da humanidade.

Um olhar atento a essa questão nos leva a observar que, na eventualidade de um conflito mundial, não seria preciso nem mesmo a utilização de todas as armas e mísseis disponíveis, mas apenas algumas explosões causariam tão grande impacto que, muito possivelmente, não teríamos como sobreviver a tal conflito, pois os efeitos mortíferos das explosões são extremamente extensos e os alvos seriam atingidos com velocidade incrível.

Lembro-me, agora, da tocante frase de Guimarães Rosa: “Se todo animal inspira sempre tanta ternura, que houve, então, com o homem?”

Na minha introspecção, concluo que só há uma alternativa para a mudança radical dessa situação de pânico: um pacto entre todas as nações do mundo no sentido de desistirem da corrida armamentista.

Para um país se proteger não é preciso visar estratégias alucinantes de poderio militar. Todas as nações têm suas forças armadas e meios sensatos para o combate a invasões ameaçadoras. E se isso ocorrer, os detentores do poder dos países envolvidos devem se empenhar com denodo e esgotar todos os esforços possíveis em diálogos que levem à paz desejada para todos.

Por outro lado, sabemos de sobejo, que são imensos os recursos econômicos destinados para as guerras, os quais poderiam ser utilizados para fins pacíficos e altruísticos em favor de pesquisas mais profundas e tão necessárias para o desenvolvimento em todas as áreas científicas e programas humanitários no afã de um mundo muito mais solidário.

O homem deste século não tem tanta noção no seu cotidiano de quanto depende da proteção e da técnica. Está tão condicionado aos meios eletrônicos e botões da avançada tecnologia que se vê mais robotizado que um robô. Urge, portanto, também desvincularmos um pouco dessa dependência, pois estamos a caminho de não sermos autônomos e capazes de suprir nossas mínimas necessidades.

A busca desenfreada para sofisticações de armas nucleares cada vez mais potentes remete à imortal frase de William Shakespeare: “Homem, orgulhoso homem, que investido de tão pequenina e passageira autoridade, empreende tão fantásticas missões perante os céus que fazem os anjos chorarem”.

Antenor Rosalino
Enviado por Antenor Rosalino em 12/02/2020
Reeditado em 14/02/2020
Código do texto: T6864552
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