BRASIL, O ÚLTIMO A SAIR APAGUE AS LUZES!

Estava à toa na vida e o meu amor me lembrou de alguns seres infames, tidos no passado como gloriosos devido ao repertório artístico. Éramos jovens em guarda naquele 1965 e já despontavam na incipiente telinha o Brasa Mora, o Tremendão, a Ternurinha e todos os seus Satélites. Os Cabeludos de Liverpool, descabelavam plateias européias e o Rocket man dava sinais de que se perpetuaria.

Inexperientes, curtíamos os Love Me Tenders do Rei do Rock e ainda o sabor melado do The Voice New York, New York.

Por aqui, o Homem da Banda, ladeado da galera da República do Dendê, tropicalizava tudo e todos. Alguns tomavam cascudos por excessos no pós Vassourinha. Os Verdes-Oliva imperavam e não perdoavam. Mandavam embora ou silenciavam como podiam… ou como não podiam.

Como ioiôs, voltavam sob holofotes Platinados que em nada se opunham, desde que desse audiência. E dava. Na história, o entretenimento teve, na tevê, de tudo um pouco. De Velho Guerreiro aos Domingões do Perú e seu Lá-lá-lárááá, onde vendia Felicidade. Na telinha, filmes eram exibidos em seriados nas versões Policiais à pé ou à galope, tipo Fortes, Fracos, Cômicos ou Tontos, sob o mar ou acima dele. No futebol, os Canarinhos do Brasil nos brindavam com troféus. Rolava muita raça no pé e não se rolava na grama.

Na política, o Passado tinha partido quando Partidários oportunistas reivindicaram pensões dos quartéis, nem sempre justas.

A coisa ficou preta, uma vez mais, quando Artistas Arteiros, apoiados por Homens de Colarinhos Brancos, Azuis, Verdes e Amarelos fartavam-se da Lei de Apoio à Cultura enriquecendo em Óperas da Malandragem.

Em tempos de Web, Político virou sinônimo de Ladrão, Presidente de Vergonha Nacional e Provedor de Propinodutos. A Lei continua existindo… para os pobres.

O Congresso e demais poderes foi tomado por Cochas, Italianos, Amigos, Amigos do Amigo do Meu Pai, Botafogos e a vergonha do Nú se foi.

Na comédia, a saudade da graça real do Bom Chaves; um garoto engraçado e inocente inoculando humor, mundo afora. Na MPB, a velha Bossa Nova foi dizimada por Sertanistas Universitários. Mulheres-Frutas seminuas tomaram os Shows e o que se vê são Calcinhas e Calças Impepinadas ao gosto da Galera menos exigente. Zeraram os instrumentais e surgiram os batuques digitais dos Funks na periferia, ferindo nossos ouvidos com Sexo no modo Pancadão regado a Drogas Musicais de tirar o sono. Foi-se a Moral levando junto a música de qualidade.

Foram-se: nossa Pimentinha, nosso Maestro Bossa Nova, e foram-se também nossos mais nobres músicos e artistas tomados pela imoralidade da corrupção.

No território da fé temos que rezar por nossos Santos mais nobres e pasmem!... salvá-los dos Papa-Níqueis Vaticanescos e dos Bispos Megalomaníacos em seus Templos mercenários. Nem Salomão resistiria aos Pinóquios Universais. Acabou. Noé está de volta. Façam fila para entrar.