A MULHER E O SEU “DIA” A DIA

A MULHER E O SEU “DIA” A DIA

A Bíblia nos instrui, no Livro de Gênesis, que Deus fez a mulher de uma costela do homem. Não foi da cabeça, nem dos pés. Não para estar acima ou abaixo das qualidades e capacidade do homem.

Isto denota que mulheres e homens têm os mesmos direitos e ambos são filhos do mesmo Pai Eterno. A discriminação entre os dois foi criada pelo ser humano e não pelo criador.

Numa sociedade na qual os homens também são oprimidos, sobram-lhes poucos incentivos para a manutenção da autoestima. Ser o Senhor do lar, da mulher, dos filhos e do cachorro” parece ser algo difícil de abdicar, nesta circunstância.

Muitas vezes o homem busca o seu eixo perdido e o autorrespeito através do domínio e da importância que usufrui no âmbito do seu lar.

Apesar das muitas situações de desconforto na qual a mulher é colocada em um relacionamento, ela não quer e não intenciona ser “o homem da casa”. A mulher só almeja o mesmo respeito que dedica ao parceiro em um casamento.

Para quem tem consciência dessa importância é fácil entender que o matrimônio é uma vida compartilhada.

A partir de quando a mulher precisa agir como “mais forte” para defender os interesses da família, inúmeras vezes ela deixa de ser vista como a companheira e adquire a incômoda qualificação de alguém útil que se busca quando for necessário. Esvanece a figura da esposa, da amiga, a parceira, a mulher interessante, a mãe valorizada e só permanece “a socorrista”.

Irônico e inacreditável para a mulher que só deseja somar e não está a competir dentro de uma relação na qual investiu seus sentimentos, seus sonhos e seus esforços pessoais! Surgem, então, as inúmeras dissoluções matrimoniais, sem que se vislumbre resquício de saudade de bons momentos vividos... Só lembranças.

Conhece-se bem esta realidade sombria que as notícias corroboram. Seria ótimo poder nutrir esperança em mais reconhecimento da importância da mulher a partir do seu lar. Deste primeiro núcleo o exemplo poderia ser disseminado e, assim, surgiriam outros bons frutos.

“Não há casamento que acabe impunemente, sem deixar sequelas.” Uma verdade para as mulheres, para homens e mulheres, ou só uma frase do dito popular?

Dalva da Trindade S Oliveira

(Dalva Trindade)

04.03.2020