Milagres do cotidiano

Já parou pra refletir o quando é afortunado? Já conseguiu ver Deus nas entrelinhas da vida? Já parou pra sentir o vento, pra desfrutar da sombra de uma árvore, pra apreciar a chuva que cai, pra admirar o pôr-do-sol, pra brincar com os filhos, pra beijar seus pais, abraçar os amigos, pra dar bom dia a um desconhecido. Já parou pra agradecer a agua, a comida, a cama que dorme. A agradecer aos professores que dão aula, a policia que o protege, a enfermeira que cuida da tua enfermidade, já parou agradecer o próximo só por ela existir. Você parou pra ver os milagres?

Passamos a vida correndo pra um lado ao outro, fugindo do passado, almejando um futuro, mas e o agora? Vivemos ele? Sempre indo de um extremo ao outro, presos em um relógio quebrado, que nunca bate às oito horas de trabalho. Onde é que estamos? Perdidos entre as horas, cego pelos papeis que lotam nossas mesas.

Felizes são as crianças que já esqueceram as coisas do dia de ontem e nem preocupadas com o dia de amanhã, só querem saber das brincadeiras de hoje, e nós esquecemos de ser criança? Triste são aqueles que não sabem ver, os milagres nas almas das crianças.

Estamos tão agoniados, apressados que nem vemos. Estamos tão perdidos entre nossas rotinas, que perdemos a capacidade de sentir os milagres, perdemos a criança que a em nós, crescemos e viramos adultos adulterados. Pare pra pensar, qual foi a ultima vez que você brincou com uma criança? Pense bem! Qual foi a brincadeira? Lembra o entusiasmo dela? Mesmo a brincadeira sendo a mais simples do mundo, ela estava lá em estase por está curtindo a brincadeira, e você como estava por brincar com ela? Feliz? Você sentiu aquela sensação satisfatória? Você consegue ver o milagre agora?

Você já acordou feliz? Já agradeceu por ter de manhã na mesa um café e um pão com manteiga? Por almoçar arroz, feijão e ovo? Por jantar café com bolacha? Já parou pra pensar que é feliz só por poder beber água? Já parou pra ver o quanto você foi abençoado por ter essas coisas?

Enquanto uns reclamam por tantas coisas triviais como não ter um carro novo, por não ter um celular bom, não ter passado naquela faculdade que tanto queria e até outras coisas mais bestas que essas que usei, a pessoas com um sorriso no rosto, mesmo tendo que ir a pé pro trabalho pra poder economizar no estudo do filho, que nem passou nas melhores universidades, e nem no curso ideal, mas é primeiro da família a entrar em uma. E se você estivesse no lugar desses pais que lutam diariamente, ou desse garoto por está lutando pra ser formar, estaria feliz? Sentiria o milagre nisso?

Você já deu bom dia pra um desconhecido na rua? Já viu qual a reação dele? Vamos pensar que essa pessoa tenha acordado muito mal, que esteja sentindo que nada mais faz sentido na vida, que sinta o abandono do mundo, que sente está esquecido por todos e recebe esse bom dia, como você acha que esse bom dia vai repercutir dentro de dele? Você vê o milagre? Já parou um dia só pra bater perna com os amigos, ficar sentado na praça só esperando o tempo passar, rindo, observando os carros, vendo os pássaros, só sentindo a brisa do vento. Vê o milagre novamente?

O milagre está no nosso cotidiano, nas simplicidades dele. Em poder abraçar nossos filhos, está no poder de dizer aquela pessoa o quanto ela é especial e faz teu dia feliz, e em saber que não importa o quanto você estiver mal, ela vai está ali contigo. Os milagres estão aí, agora está na hora de você parar pra usufruir dele.

Esse texto é dedicado ao meu milagre.

A essa pessoa que aguenta todas minhas frustrações, que houve sempre minhas queixas antes de dormi, que sempre está me segurando nas minhas crises, que sempre me faz rir nas horas mais difíceis e ainda me chama de cabelo de anjo, obrigado por existir em minha vida. Você é minha paz, meu forte, meu porto seguro, você é meu milagre do cotidiano, Te amo!

Luis Alladin
Enviado por Luis Alladin em 10/03/2020
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