Explicando o óbvio

Explicando o óbvio

Fico tentando explicar o que estamos passando, mas tanta coisa aparece na minha mente, de maneira tão rápida, e todas são receios ou temores frente ao que já aprendi sobre nosso país e o mundo, que fico um tempão tentando organizar os pensamentos para tentar transcrever em um texto.

Tarefa difícil. Esse vírus veio para nos mostrar muita coisa, e escancarar muitas deficiências e necessidades nossas. O sentido de cooperação e solidariedade é um dos mais importantes. O brasileiro, carente de recursos que é, tem uma cultura egoísta por natureza, um sentimento de salve-se quem puder misturado com lei de Gerson (Jogador brasileiro famoso por dizer que o importante é levar vantagem) que diz muito ao nosso respeito, nosso comportamento.

A ordem de esvaziar as ruas caiu como uma bomba na cultura do jeitinho brasileiro, acostumado a se virar na rotina diária, sem medir esforços, matando um leão por dia. A grande maioria dos trabalhadores brasileiros são informais ou autônomos, as finanças na massa trabalhadora já combalida ficarão abaladas por meses, pra falar o mínimo.

Pra tornar a tarefa mais complexa temos um governo que luta contra a maré do fisiologismo dos poderes que nos regem, sem muita noção do que está fazendo, distribuindo fogo cruzado pra todo lado ao invés de ouvir as necessidades locais e trabalhar em prol delas também. Tempo é crucial na situação que estamos passando.

Enfim muito se fala sobre o corona, e temos alguns poucos exemplos bem sucedidos em enfrentar a pandemia. Alemanha mostrou a receita, com UTI e respirador para quase toda a população infectada. Não conseguiremos atingir seus números , mas caminhamos para vários ventiladores pulmonares instalados em leitos de terapia, o que a médio prazo se traduzirá em sucesso no resgate de vidas que sem o aparelho estariam perdidas.

Todo cuidado é pouco, e toda atitude feita em prol da higiene e do cuidado com a esterilização de ambientes ou de pessoas é de suma importância pro nosso coletivo.

Façamos nossa parte para coexistirmos em harmonia com o mínimo de dano possível para nosso próximo, nosso semelhante.

Chico Piancó Neto, 23/03/20

Chico Piancó Neto
Enviado por Chico Piancó Neto em 23/03/2020
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