NOSSOS DIAS INCONSEQUENTES

Há um tempinho atrás, quando eu ainda estava na flor da juventude, comecei a perceber a humanidade perdendo o rumo da vida. O mundo estava começando a viver o desencontro, e eu estava me encontrando na poesia. Desencontros de pensamentos, troca de papéis: muito herói virando bandido, muito bandido virando herói.

Promiscuidade na tela da TV, lingerie por cima da Bíblia sagrada. Tanta falta de respeito!

Enquanto isso, eu conversava com meus botões: Meu mundo não é esse! Eu nasci pra fazer a diferença! Esta é a minha crença. Creio em Deus que me concedeu o dom maravilhoso da poesia! E a poesia fala por mim. Sou de poucas palavras, eu me revelo através dos versos.

Eu fui uma criança tímida, e a timidez me mostrou a arte da escrita. Escrever é propagar o amor, e também é descarregar a dor da alma.

Tanta dor neste mundo,

e tudo isto tenta invadir nossa alma.

O mal atenta, o mal tenta... Há um convite para a festa da ilusão!

Mas eu não vou... Eu não vou naquele baile onde a alegria é falsa, onde o sorriso é disfarce e a pornografia toma o lugar da arte: está no corpo e na canção, ilusão maquiando o tempo de dor.

Comecei a escrever poemas em sala de aula, sou da última geração que ainda encontrou amor na escola.

Hoje em dia é terror, e a culpa não é do professor.

O professor é amigo, conselheiro, da luz o mensageiro.

Mas as trevas não gostam da luz.

E a escola infelizmente é afetada pela violência.

Balas perdidas, crianças que se jogam ao chão.

Aterrorizadas! Coitadas!

E o mundo continua com sua dura lição... A humanidade vai errando a direção.

Filhos não obedecem os pais porque filho obediente é bobo, é isto que ensina as novelas.

Homem machão trai a esposa, e quando ela descobre leva na cara um tapão! Já não há com Deus comunhão, e por isso o mal decreta o fim da família.

Eu escrevo poemas valorizando a família, acredito na família.

Ela representa Deus.

Deus é justiça, amor, união, é família.

Mas o mundo ignora esta mensagem, e o mundo passará com o seu egoísmo.

Egoísta não acredita em Deus, ele é o seu próprio deus. Ele não vive pra Deus, ele vive o EU. O mundo é o EU.

Este ser, o EU, é quem está tornando os nossos dias inconsequentes.

Cada vida é uma caixinha fechada, e inventa seu próprio mundo pra satisfação pessoal.

No carnaval as carinhas boas mergulham na perdição, acham lindo aborrecerem Deus.

A humanidade perdeu a direção! O samba atravessou!

A escola não foi campeã!

Nossos dias inconsequentes ganhou a irreverência do carnaval.

E a irreverência não é mais só no carnaval. A irreverência é falta de respeito. Descaminho.

Direitos humanos para bandido, e policial sendo chamado de desumano.

É falta de respeito para com as crianças: criança tocando corpo nu de homem sob pretexto de ser arte.

É revista infanto-juvenil deturpando o amor e o sexo.

É o mundo perdido longe de Deus.

Mundo do amor "frio"

Cativo por ter olhar altivo.

E eu vivo neste mundo, mas não pertenço a ele.

Não sou melhor do que ninguém.

Eu simplesmente sou um alguém que vive o que escreve, eu vivo o amor.

Amor, inspiração divina.

Amor, minha poesia.

( Autor: Poeta Alexsandre Soares de Lima)

Poeta Alexsandre Soares
Enviado por Poeta Alexsandre Soares em 06/04/2020
Código do texto: T6908360
Classificação de conteúdo: seguro