NOSSA TRADUÇÃO

Tudo em nós nos traduz. Fala da nossa essência ou conveniência.
...Ah! A essência! Esse ser oculto...
Ela fala da matéria de que somos feitos. O barro do nosso ser divino. O âmago inatingível, o silêncio do nosso quarto, o território indevassável e protegido pela consciência.
Mas a essência não é só uma senhora recatada, do lar, sem vez e voz, submissa. Ela se expressa e se traduz. A toda hora, em todo lugar, decisão, pensamentos, obras - as nossas criações.
Os sonhos do sono e os sonhos do coração nos traduzem profundamente.
E é na Poesia, nas Criações Poéticas - que o ser, de maneira excelente, pode traduzir-se.
O Ser Poético não conhece barreiras, convenções ou censura.
O Ser Poético é - e deve ser - Livre.
Exploremos, com Liberdade, os Universos, do aquém, aos confins e além. O além é com a nossa imaginação.
Imaginar é infindo, maravilhoso, miraculoso.
Nossa tradução no fazer poético adquire todas as formas possíveis. O Conteúdo, todos os Universos, requer lancemos mão da criatividade, ousadia, tantas figuras, códigos linguísticos - o talento de cada um - arsenal a serviço da escrita.

“Tudo é matéria da Poesia” - Manoel de Barros.
A tradução do eu poético pode ser feita aqui e agora, e usada sem moderação. Os efeitos curativos e colaterais são universais e bem-ditos.
Oxalá a inspiração nos abençoe e acompanhe sempre.
Em nome da Literatura. Assim seja.


20/12/2018
DIANA GONÇALVES
Enviado por DIANA GONÇALVES em 18/04/2020
Reeditado em 18/04/2020
Código do texto: T6921402
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