Angústia

Li uma matéria outro dia que fazia um alerta sobre o perigo da ansiedade durante o isolamento. Nela, informava que a ansiedade é sofrer antecipadamente por algo que pode nem se concretizar, mas o temor que supera os limites do que é controlável faz com que o quadro da pessoa se agrave e pode, inclusive, ser uma porta para o aparecimento da depressão.

Ao longo da programação dos canais com jornais diários, notícias sobre o novo corona são passadas durante todo o dia. Os contaminados aumentam diariamente e, consequentemente, também as mortes. A situação é de fragilidade devido ao isolamento que restringe as possibilidades de fuga do indivíduo e, pra piorar, as demais pessoas também mergulham nesse único assunto falado e o escolhem como tema principal nas conversas em redes sociais ou apilicativos de troca de mensagens.

A ansiedade pode matar, e ela é sim um novo problema preocupante para o ministério da saúde e para a Organização Mundial da saúde. Pessoas podem tentar se livrar do problema que sentem dando cabo da vida e há inúmeros relatos de pessoas que de tanta ansiedade, tiraram a própria vida por não suportarem o período que antecede a provável data de algum acontecimento: isso aconteceu muito antes do ano 2000, quando pessoas se suicidaram por acreditarem nas profecias de fim do mundo.

O número de suicídios por ano é de oitenta mil casos, segundo a OMS- mas para um cenário como o que estamos vivendo - no qual já estamos inseridos - a angústia ocorre devido ao medo de contaminação e de obter o caso grave da doença, medo esse que se não mediado internamente, pode corroer e abalar qualquer estrutura emocional.

Com isso, faz-se necessário um auxílio mútuo de familiares e amigos para contribuir no controle desse problema, colaborando para que os assuntos relacionados ao covid-19 sejam colocados de lado - sem relaxar nos procedimentos de prevenção obviamente - e assim criar uma blindagem que proteja todos pertencentes àquele ciclo. Previnam-se e se protejam.