Rompendo a casca.

Aqui temos o Angelim, 88 metros de altura. E sua semente. Temos também uma plantação de feijão, 30 cm, talvez, e sua respectiva semente.

O que elas têm em comum?

O que elas têm em comum é que independentemente da natureza, elas têm que romper a casca se quiser crescer, se quiser ser grande. Quer seja 30 cm, quer seja 88 metros, todos têm que romper seus limites, cada uma segundo a sua proporção. Nem sempre o solo em que se encontra é o ideal, mas é preciso aproveitar cada oportunidade que a vida lhe der, pois se absorver o melhor do lugar em que está, há de germinar. E receberá uma melhor chance de ser transportado, transplantado ao solo com que sonhou. Muitos pés de feijão se sentem frustrados por se compararem ao um Angelim. Isso é errado.

Seja o máximo que um pé de feijão pode ser. Ou o máximo que um Angelim pode ser. Seja o máximo da sua natureza, sem se comparar com ninguém. Não é questão de ser maior ou menor, e sim, de ser o máximo dentro de sua própria natureza. Pois cada um tem um propósito debaixo do céu. Mas tudo começa em romper a casca.

Ficar na casca é normal! Dentro da casca, você se sente protegido, confortável. A casca muitas vezes traz a lembrança da segurança, da vagem. É a casa dos pais, o emprego, o círculo de amizades. Enfim, cada um tem a sua vagem, mas tão logo amadurece, a vagem fica desconfortável e então é necessário ter coragem para sair da vagem, deixar a casca romper, se arriscar, germinar, crescer e gerar outras vagens. Assim, toda semente precisa romper a casca se quiser ser grande, independentemente da proporção da sua natureza.