Medo e Deus

Coronavírus. Monstro invisível e mortal. Com sua chegada nossos valores mudaram; não mais podemos mostrar afeto da maneira tradicional, não podemos abraçar e beijar nossos entes queridos. Para sair de casa e ir a um supermercado temos que colocar máscaras. Ele, o vírus é transmitido de pessoa a pessoa, e também pode estar em qualquer superfície tocada por alguém contaminado, por isso temos que lavar as mãos com água e sabão, passar álcool 70% o tempo todo, a cada tarefa executada. Temos que ficar em casa o máximo possível. Ele, o monstro, nos espreita onde menos se espera. Nossos queridos vizinhos, e pessoas do nosso rol de amizade temos que cumprimentar a distância. Um metro e meio é o ideal. Um de cada vez para usar o elevador. O índice de contaminação é altíssimo. Todo cuidado é pouco.

É o caos no mundo...

Sobrevivi a assaltos a mão armada, a insensatez da juventude, quando acelerava uma moto 450cc até o último. Rompendo a distância de São Paulo ao Rio de Janeiro em três horas e quinze minutos. Se numa curva tivesse areia ou óleo, eu não estaria aqui para contar a estória. Brinquei com a vida de tantas outras maneiras. Tendo apenas Deus como testemunha, e o medo nem passava pela minha cabeça, era pura adrenalina.

Agora neste pandemônio mundial, não pretendo contar com a sorte. Tenho visto pessoas; adultos (adultos que não amadureceram), que acreditam ter o corpo fechado por Deus, querendo enfrentar o monstro sem máscaras, sem os cuidados já comprovados como única barreira, entre a vida e a morte. Sim, ele se alimenta de vidas, seu objetivo, contaminar o máximo de pessoas possível.

É difícil entender por que algumas pessoas remam contra a lógica. Pensam que a quarentena determinada pelo governo é um período de férias. Quanta insensatez!

Infelizmente temos que diminuir a velocidade da roda do dinheiro. As economias do mundo parecem que já entenderam isso. Pelo menos até essa onda estar sobre controle.

Não podemos dar ”sopa para o azar”, o isolamento social, ficar em casa, é nossa única arma como dizem os médicos e cientistas da saúde.

Das loucuras da juventude sobrevivi por sorte. Agora neste pandemônio gerado pela pandemia, quero sobreviver por razões, consciente, obedecendo os profissionais da saúde, dando um descanso pra Deus; não se pode colocar tudo em suas costas.

Amém!

jaeder wiler
Enviado por jaeder wiler em 02/05/2020
Reeditado em 11/05/2020
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