LIVRAR-SE DA IMBECILIDADE.

Chegar onde não cheguei, sem cansaço alcançar cada vez mais a surpresa, livrar-se da imbecilidade plena, vivendo. Não ter mais dúvidas sobre a estrada humana percorrida, intensa a alegria de encontrar e viver verdades imutáveis,sentir a força da descoberta que se mostra autêntica, intransponível, assinalando essa épica jornada do homem, seu processo incontido nas cumeadas de abrir espaços, esses contidos, e entender toda essa saga interminável com sucessos de bondade, perseguida no sofrimento, ceifadas muitas vidas, assistidas, iluminismo sangrado na conquista, seguidos em debulhados caminhos, em ondas que fluem e refluem na constatação de nada avançar para ser todo uniforme, pregação das leis de ordem natural, sem desvios, em absoluta linearidade conduzidas às gentes.

Visão do princípio da confiança que resta esgarçado, onde nada mais se violaria, sonho da condicionalidade incondicional, somente em pretensão esperada, não ocorrente, assistindo-se ao teatro das regras indiferentes, que se debatem, aqui ou ali sufragadas, jubiladas, justiçadas, de forma anã, são letras mortas, evidenciando-se o infortúnio dessas pegadas. Repetem-se as imbecilidades dos imbecis, nunca se livrarão de suas correntes. Preside o estamento ignaro.

Sabedores dessas verdades sofre-se menos, a deformação do caráter que andeja solta, passeia na imbecilidade discursando dos púlpitos ouvidos na indiscrição e coragem da desvergonha, somada e multiplicada nos que mentem mais que a mentira, fantasmas da vida que não dá retorno, e perambulam nas sombras de suas sombras, inegáveis pastos dos que se alimentam da deformidade da personalidade, e pregam a cassação de liberdades pelos regimes imbecilizados nas sendas dos tempos, sucedidos, vasta e alongada ignomínia. Entranhas sulcadas no subterfúgio das alucinações demonizadas que se pensam iluminadas; insucesso absoluto, sempre. Turvas visões, pobres como a cerebração insciente de falta da mínima compreensão sedimentada na disfunção acelerada. Caminha para o fim onde não há recuperação material e tão pouco espiritual.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 19/05/2020
Reeditado em 19/05/2020
Código do texto: T6951851
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