FINAL FELIZ (OU ATÉ UM NOVO CHIFRE)?
POR JOEL MARINHO
Quando nos tornamos estudantes de Psicologia é complicado, mas às vezes se torna cômico. Primeiro começa pelos nossos familiares. De vez em quando vem um e diz: “Olha, até que enfim alguém da família para ‘ler’ a minha mente ou, enfim alguém da família para quando eu estiver com problemas ele ou ela me ajudar”.
Veja bem, parece que nos tornamos uma espécie de guru salvador das pessoas sendo que por vezes não damos conta nem mesmo na nossa própria demanda de problemas.
Mas enfim, o que quero dizer aqui não tem muito a ver com isso, ou tem? Talvez tenha, pois se trata de uma questão humana e as questões dos seres humanos são por vezes difíceis de serem entendidas.
Estava eu lendo noticiário pela internet e me deparo com a notícia mais ou menos assim: “Homem dá carro novo a mulher depois de flagrá-la em motel”.
É claro que as chamadas de notícias sempre procuram chamar a atenção e eu curioso que sou (historiador e estudante de Psicologia), fui ler a matéria.
O caso foi interessante, em uma cidade do Rio Grande do Sul um homem há algum tempo atrás – não tanto tempo assim – havia flagrado a mulher com outro no motel, o caso teve repercussão nacional, pois ele levado pelo calor da emoção daquela par de coisas pesando na cabeça acabou quebrando o carro da mulher todinho.
Agora depois de um tempo o dito cujo resolveu se reconciliar com a dita cuja e para isso deu um carro zero quilômetro para ela e por fim a tocha do amor renasceu e os dois serão “felizes para sempre” ou até o carro ficar velhinho de novo e ela quiser conseguir outro indo para o motel dar aquele “pulinho de cerca”.
Ficaram-me algumas perguntas no ar.
O que o coitado do carro fez para sofrer tamanha violência?
O que essa mulher tem de tão especial? Com certeza tem! Melhor nem pensar, vai que seja eu a dar o próximo carro, não é?
É preciso levar um chifre para comprar um carro novo para a mulher?
Será que esse cara é um grande empresário para comprar um carro a cada chifre?
Bem, eu não tenho nada a ver com a vida deles, mas quando eles colocam isso em público me abrem espaço para perguntas, no entanto, cada um vive a maneira que lhe for mais confortável.
Para eu concluir essa questão deixo o meu pensamento. Se o cara leva chifre só deve fazer uma das duas coisas a seguir: Primeiro, ele se acostuma com o chifre e fica caladinho. Segundo, ele arruma as coisas e cai fora de fininho.
Violência jamais, nem contra ele mesmo!
E quanto a quebrar carro ou qualquer outro objeto aí é o cumulo da idiotice. Da próxima vez que isso acontecer, se é que vai acontecer me doa esse carrinho velho, ando tão necessitado de um e você quebrando por causa de um chifrezinho de nada!
E só para voltar ao início sobre o Psicólogo ser o cara que “ler a mente”, como alguém poderia “ler” essa mente aí? Na mente humana há um leque de possibilidade infinito e impossível de se “ler”.
Mas bem, nada contra, ele se acostumou com o chifre e o importante é a vida que segue e que o passado seja apenas um aprendizado e ele provavelmente aprendeu o valor de um carro novo e ela como ganhar um novo automóvel.
Adoro História com final feliz!