Magnoliópsida

MAGNOLIÓPSIDA

(*) TEXTO DE CARLA REJANE SILVA

Meus pensamentos vagueiam por lugares que não consigo descrever. Busco dentro da minha alma, uma forma de dissipar essa dor latente, que insiste em me derrubar. Talvez seja minha culpa, essa escuridão que me encontro agora. Se tivesse ouvido meu coração, quando me vi perdida, em tortuosos e loucos caminhos teria evitado tanto sofrimento.

Bem ser boa demais, amiga, companheira, ter em meu conceito o respeito. Do qual considero minha melhor qualidade, mas que tem suas desvantagens; isso é a mais pura verdade. Tudo tem que ser dosado para que haja um equilíbrio tanto no amor (principalmente no amor) como nas amizades, e negócios. Eu descobri que tudo isso, só me trouxeram magoas, e desilusões.

Que aos poucos, vão me transformando, em uma magnoliópsida quase uma tirana da minha própria insensatez. A pouca confiança que tenho em mim, termina por me deixar a mercê quase indissolúvel de coisas e pessoas. Vou me tornando prisioneira de minha própria auto-estima, estou encarcerada numa gaiola sem portiola ou janela.

Não tenho direito de defesa, mesmo que venha, por algum motivo ou hipótese, cogitar uma fuga desenfreada, estilo cinematográfica, ir á procura de uma chance de liberdade de escolha. Infelizmente não é possível, me sinto terrivelmente cansada, esgotada com os nervos em frangalhos. Chega de dar murros em ponta de facas, de lutar por algo que não me faz bem só me machuca. Desisto.

Texto de: Carla Rejana da Silva, de Vila Velha, no Espírito Santo.

Carlasonhadora
Enviado por Carlasonhadora em 29/05/2020
Código do texto: T6961796
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