CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA

CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA

“ A violência é o maior câncer da sociedade, seu crescimento transformasse em neoplasia de tristezas e queixumes, não se iluda, somente a paz e o amor podem dizimá-la.” ( Antonio Paiva Rodrigues).

A humanidade passa por mudanças rápidas e profundas. Num mundo de provas e expiações o homem se perpetua como ser desumano e sem amor próprio. Nem os animais são violentos como os hominais, pois atacam quando são ameaçados ou para saciar a fome. O direcionamento da violência visa às famílias, o patrimônio público ou particular e todos os matizes que estão no écran do ser humano. A educação está para a conduta moral, mas a conduta não reverbera a paz, normalmente flui para a delinqüência e a geração de fatos danosos e horripilantes, causadores do medo e da depressão. A depressão tem levado muitas pessoas a Síndrome do Pânico e a obsessão. O homem está sempre alheio ao amor, a paz, a caridade e ao perdão. A violência se entranhou com muita rapidez nas escolas e conforme levantamento feito pela Udemo (Sindicato de Especialistas de Educação do Magistério Oficial do Estado de São Paulo), no final do ano de 2000, uma nova pesquisa sobre violência nas escolas, a exemplo do que vem fazendo desde 1995.

Dessa vez, no entanto, a pesquisa foi ampliada, elevando de seis para treze itens, incluindo dados sobre indisciplina, comunidade e módulo escolar. Foram estudadas 496 escolas da rede pública estadual, representando as diversas regiões do Estado: Capital, Grande São Paulo, Interior e Litoral. Os resultados foram distribuídos em três partes, para facilitar o estudo: tabulação, comentários e análise. No final, foram acrescentadas algumas conclusões a que se chegou, após a leitura e exame de todo o material enviado pelas escolas envolvidas. Essa é mais uma ação de uma entidade que se preocupa, cada vez mais, com os destinos da escola pública estadual e, principalmente, com a educação escolar pública, gratuita e de qualidade no Estado de São Paulo. Segundo os estudiosos a violência escolar tem diversas causas e entre elas poderemos citar algumas: escolas grandes ou muitos alunos na escola; classes grandes ou muitos alunos por classe; os professores e funcionários não impõem disciplina; violência na televisão, cinema ou videogames; falta de condições econômicas na sociedade, pobreza; desemprego; falta de controle dos parentes, falta de supervisão dos pais; ação de gangues; disponibilidade de armas; violência na sociedade; falta de respeito por parte dos alunos e uso de drogas, tráfico de drogas ou álcool.

Como se pode notar por detrás da violência existe um vetor, no caso da violência nas escolas o vetor chama-se traficante. Ele fornece a droga e de sobra à arma para o viciado amedrontar professores, diretores e funcionários. Algumas medidas foram pesquisadas e os próprios alunos passaram algumas dicas que aqui estão inseridas como: mais policiamento dentro e fora da escola; adoção de equipamentos de segurança, como câmeras e detectores de metal; mais conversa acompanhamento e carinho dos pais; participação da comunidade; apoio de psicólogos: mais atenção e supervisão da diretoria e dos professores; punições aos alunos infratores; melhor tratamento aos alunos. A delinqüência graça em nosso estado e País. Na verdade as providências tomadas não são de impacto e são acanhadas demais, por isso, não surtem a efeito desejado. A astúcia, a falsidade, a perfídia, o instinto do roubo e do assassinato, permeiam a mente dos menores infratores. A lei civil absorve seus erros por considerar que lês agem mais instintivamente do que por deliberado propósito. Na folha de São Paulo anotamos alguns dados sobre a violência nas escolas e aqui repassamos para os leitores: “Porcentagens de escolas que tiveram problemas com: depredações - 72,3; brigas - 62,21; pichações externas - 53,05; arrombamentos - 50,47; pichações internas - 49,77; explosão de bombas - 48,36; tráfico de drogas perto ou dentro da escola - 44,84; furtos - 35,92; danificação a veículos - 35,92; invasão de estranhos - 29,58. Quando aconteceram os casos: Noite - 44%%; Tarde - 20%%; Todos os turnos - 14%; Manhã - 12%%; Fins de semana e feriados - 10%%; Em relação aos anos anteriores, a violência: Aumentou - 40%; Manteve o mesmo nível - 32%%; Diminuiu - 28%; Sugestões para acabar com o problema: Projetos de conscientização e valorização da escola envolvendo pais, alunos e comunidade - 45,38; Uso de uniforme como elemento de identificação do aluno - 37,12; Contratação de vigias, porteiros e inspetores - 30,96; Instalação de centros de lazer na escola - 30,58; Policiamento permanente - 28,46; (*) Cada diretor fez mais de uma sugestão: Fonte: Udemo (total de 520 escolas) - (Folha de S.Paulo).

Assim como a violência nas escolas públicas de todo país cresce, na classe pobre e nas favelas ela aumenta descomunalmente. Não queremos e nem temos intenção de discriminação ninguém, pois nem todo pobre é infrator, dentro da classe existem os bons e os maus como acontece com toda sociedade brasileira. O contraponto primordial é a infiltração nas classes menos aquinhoadas e o governo deveria agir com mais rapidez nas áreas de risco e implantar uma doutrina voltada para essa classe de excluídos da sociedade e do próprio governo. Fome, miséria, falta de habitação e desemprego gera violência desmedida e sem controle. O que fazer? Descruzar os braços e agir com inteligência e não permitir que a corrupção venha atrapalhar as ações. Não dê tudo àquilo que seu filho quer, aprenda a dizer não. Autoridades brasileiras cabem a todos nós a responsabilidade, porém os mais graduados e que estão no poder são responsáveis em maior escala. As mãos, os ouvidos, os olhos, muito se agitam, mas o que realmente produz é a mente silenciosa.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ACADÊMICO DA ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 16/10/2007
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