O MARRECO de Meu Pai
Parabéns à POETA Vanice Zimermen pela sua construção poética. Parabéns também pela sua ótica em captar luzes naturais e nuances. Assim são os artistas das palavras e dos olhares. Peço licença para compartilhar esta imagem que mexeu com minha memória permitindo-me revisitar a infância. A saudade foi saciada, lugares revisitados, protagonistas e coadjuvantes voltaram à cena. Benção pai! Ouço risos e alegrias fraternos.
Meu pai viajava e sempre trazia novidades: cada uma mais exótica que a outra. Ele trouxe muda de maracujá. Havia se encantado com a flor e a ramagem. Plantou no muro que separava o quarador de roupa de sua horta, galinheiro e pomar. A planta cresceu e logo deu suas flores que trazia vizinhos curiosos para ver o exótico roxo de sépalas e pétalas. Apareceram os frutos.
De outra vez ele chegou com caixote de minhocuçu. Eram iscas que usava para sair em suas pescarias. Todo mundo tinha um misto de susto, nojo e admiração pelo tamanho daquelas minhocas. Elas ficaram onde também já havia sido posto um tatu.
Ele trouxe também coelhos... O quintal amanheceu repleto de filhotes, pois a fêmea fizera uma toca para procriar. Ninguém havia percebido o seu esconderijo nascedouro de novas vidas.
E assim era meu pai que parecia querer transformar aquela área em algo com um quê de zoológico e granja. Além dos animais domésticos houve tantos outros que em nenhuma casa podia imaginar fosse possível.
De outras tantas vez trouxe também, casal de marreco. Aquela plumagem masculina chamava a atenção: a fosforescência cintilava ao sol. Já a marreca botava, mas não chocava. Quem teve que cumprir com a obrigação fora uma das galinhas. O Galinheiro se encheu de marrequinhos. Ganharam um tanque de lajotas para nadarem. Sua mãe galinha empoleirava nas bordas para ver seus desengonçados pintos nadarem. No verão eu e meu irmão assumíamos o lugar para nos refrescarmos. Conto com vantagem de nunca termos adquirido uma micose.
Ao ver a foto e o poema, lá estava eu em companhia de meu irmão ressuscitado naquelas águas. Ouvi minha mãe ralhando: “Saem já desta água que vocês vão adoecer”. Sua voz sumindo em minha memória...
E eu estava, novamente, trazido de um lugar do passado, só diante da foto e do poema que se mostrava na tela de meu computador.
Presente..
Parabéns à POETA Vanice Zimermen pela sua construção poética. Parabéns também pela sua ótica em captar luzes naturais e nuances. Assim são os artistas das palavras e dos olhares. Peço licença para compartilhar esta imagem que mexeu com minha memória permitindo-me revisitar a infância. A saudade foi saciada, lugares revisitados, protagonistas e coadjuvantes voltaram à cena. Benção pai! Ouço risos e alegrias fraternos.
Meu pai viajava e sempre trazia novidades: cada uma mais exótica que a outra. Ele trouxe muda de maracujá. Havia se encantado com a flor e a ramagem. Plantou no muro que separava o quarador de roupa de sua horta, galinheiro e pomar. A planta cresceu e logo deu suas flores que trazia vizinhos curiosos para ver o exótico roxo de sépalas e pétalas. Apareceram os frutos.
De outra vez ele chegou com caixote de minhocuçu. Eram iscas que usava para sair em suas pescarias. Todo mundo tinha um misto de susto, nojo e admiração pelo tamanho daquelas minhocas. Elas ficaram onde também já havia sido posto um tatu.
Ele trouxe também coelhos... O quintal amanheceu repleto de filhotes, pois a fêmea fizera uma toca para procriar. Ninguém havia percebido o seu esconderijo nascedouro de novas vidas.
E assim era meu pai que parecia querer transformar aquela área em algo com um quê de zoológico e granja. Além dos animais domésticos houve tantos outros que em nenhuma casa podia imaginar fosse possível.
De outras tantas vez trouxe também, casal de marreco. Aquela plumagem masculina chamava a atenção: a fosforescência cintilava ao sol. Já a marreca botava, mas não chocava. Quem teve que cumprir com a obrigação fora uma das galinhas. O Galinheiro se encheu de marrequinhos. Ganharam um tanque de lajotas para nadarem. Sua mãe galinha empoleirava nas bordas para ver seus desengonçados pintos nadarem. No verão eu e meu irmão assumíamos o lugar para nos refrescarmos. Conto com vantagem de nunca termos adquirido uma micose.
Ao ver a foto e o poema, lá estava eu em companhia de meu irmão ressuscitado naquelas águas. Ouvi minha mãe ralhando: “Saem já desta água que vocês vão adoecer”. Sua voz sumindo em minha memória...
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Foto e POEMA de Vanice Zimerman Ferreira
Crônica de Leonardo Lisbôa.
Barbacena, 10/06/2020.
Direitos do texto e foto
reservados e protegidos segundo
Lei do Direito Autoral nº 9.610,
de 19 de Fevereiro de 1998.
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