Até tu, Manolo!

Amiudadamente, quando faço minha caminhada na praia, vejo uma senhora caminhando com um Husky Siberiano: um cão branco, de porte grande, cuja pelagem tem o aspecto de uma seda, assertivamente é muito belo.
No início, ele sempre latia, devia estar me estranhando, assustado talvez, até mesmo com a minha feiura, rs. Com o passar do tempo, fiquei sabendo que Manolo era o seu nome. Ciente do seu nome, toda vez que ele passava por mim, eu dizia entusiasticamente: Manolo amigo, amigo Manolo.
Uma coisa tenho certeza, ele deve ter entendido a minha mensagem, pois a partir daquele dia, nunca mais latiu. E sempre eu o cumprimentava, quando passava por mim.
Manolo ficou tão acostumado com a minha saudação, que num belo dia, passei por ele, não sei por qual motivo, não o cumprimentei. Tive a impressão que ele entristeceu, pelo fato de não tê-lo cumprimentado, porque ficou me olhando um tempão, só me observando.
Como frequentemente eu via o Manolo, ele passou a fazer parte do meu cotidiano. Comecei a observar, que a sua senhora passava, mas o bonitão mesmo, já não vinha mais. Aquilo me deixou tão intrigado, porque eu não via mais o Manolo, o que aconteceu com ele?  De curiosidade encheu meu coração. Até que um dia, não aguentando mais, aproximei da sua dona e a interpelei: O que havia acontecido com o belo cão, que não estava mais passeando na praia? Ela tão solicitamente respondeu: está ficando difícil passear com o Manolo, pois ele empaca querendo observar a natureza e andar mesmo nada.
Surpreso com a sua resposta, comecei a refletir, até o Manolo quer ficar contemplando a obra do Criador. Oh Aleluia!

 
Simplesmente Gilson
Enviado por Simplesmente Gilson em 12/06/2020
Código do texto: T6974781
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