Quando o amor relacionamento acaba ( Uma releitura da crônica de Paulo Mendes Campos)

Fonte de dinheiro para letristas, compositores, interpretes; causa de desolação das mocinhas no auge de seus primeiros relacionamentos; românticos contestarão: o primeiro amor a gente nunca esquece; os mal-amados dirão não existe então não tem porque acabar, enfim, precisamos entender que sim, alguns relacionamentos simplesmente acabam. E que de pronto, fique claro que a intenção não é falar mal desse sentimento que provoca revoluções únicas no ser humano, minha intenção aqui é dizer sobre a finitude do relacionamento.

“- Ah! Eles se complementavam, parecia que ia durar pra sempre, como assim acabou?”

Falas e falácias recorrentes quando somos tomados de surpresa por um relacionamento que acaba. Fato é acabam sem aviso prévio.

O amor pode ser encerrado depois de anos, memórias, experiências compartilhadas. Aquela música, a música, o cheiro, as roupas deixadas.

Pode acontecer em casa, em uma sala repleta de fotografias felizes, numa sexta de fim de semana. Em uma terça-feira de carnaval, onde vira cinza o que antes era colorido; ao meio de achocolatados que convertessem em doces para “acalmar o coração” ou a doses fortes das bebidas amargas.

O amor acaba no soltar das mãos presencialmente; acaba até em meio a uma pandemia depois de dias, meses, anos de convivência. Acaba por meios tradicionais olho no olho, em mesa de bar, na casa de outrem; acaba por meio de ligações de mais de 01:00 h de tempo mensagens de texto, por meio chamadas de vídeo. Será que até revolucionamos nesse aspecto, a ponto de criarmos o “término 2.0” ?!

Entre aberturas e bater das portas e de corações. Embalado ao som de sofrencias sertanejas, ou entre umas e outras canções de um artista alternativo com melodia triste ( o motivo? Assim como nas novelas e filmes precisamos de trilha sonora pra tudo, até para sofrer)

O certo é que causa efeitos colaterais irreversíveis como tristeza, mágoa, incertezas, mas também nem só de sensações negativas o encerramento do amor provoca às vezes causa paz. Por vezes comparado a dor de um enlutado as partes que são envolvidas hão de se atentar que seguir em frente e assumir o controle de sua saúde e bem- estar fazem parte do processo.

Mas, aquiete seu coração e esteja certo tudo é construção, seja legal com você, faça coisas que te faça feliz porque a vida é pra se jogar nem que seja pra quebrar a cara depois, e se ame e se cuide, pois o autocuidado é essencial ao processo de cura e logo, logo esse sentimento se converterá em um novo amor ou em novos amores (por que não?). E se o seu não acabou ou nem se quer imagine quando vai acabar desejo, como dizia o poeta “ Que seja infinito enquanto dure”.