UMA SOLUÇÃO ADEQUADA E FUTURÍSTICA PARA O PROBLEMA DAS CONCENTRAÇÕES DE POPULAÇÕES NAS GRANDES CIDADES BRASILEIRAS

Muito se tem falado sobre o crime e a violência que imperam em nosso país. A imprensa e certas autoridades têm-se manifestado sobre o assunto com soluções simples para um problema de grande envergadura, apontando como fatos geradores do crime e da violência, a ineficiência do sistema policial e penitenciário. Não há a maior preocupação das autoridades em eliminar os fatores determinantes do aumento da criminalidade, como por exemplo, o exagerado crescimento demográfico; o não equilíbrio na distribuição de renda, produzindo uma multidão de marginalizados; o surgimento de favelas e conglomerados urbanos; o ócio da juventude. E a entrada, através das nossas fronteiras, de alta quantidade de substancias tóxica; alcoolismo etc. Precisamos reorganizar as policias estaduais; o combate sistemático da violência policial; policiamento ostensivo capaz; maior acompanhamento do Ministério Público; reestruturação dos institutos médico-legais; criação de uma policia cientifica altamente especializada; entre outras. Na esfera legislativa é necessárias a reforma de todas as leis atinentes às áreas de prevenção e repressão a violência e criminalidade Mas falemos dos grandes conglomerados urbanos e o porque de sua existência. As grandes populações que hoje encontramos nas nossas cidades mais industrializadas são resultados de vários fatores econômicos, políticos e históricos, que através dos séculos foram se moldando e perpetuando. Só no Rio de Janeiro, um terço da população carioca vive em favelas, isto é aproximadamente um milhão e oitocentos mil pessoas, exatamente em setecentos e quinze favelas. De 1991 ao ano de 2000, a população de favelas cariocas aumentou exatamente 23,9%, número maior que a população do asfalto, que foi de 6,9%. Como resultado disso, existe em nossas cidades, cada vez mais conglomerados-urbanos, que exigem de nossa capacidade de pensar, soluções imediatas, devido ao que já sabemos, o aumento de serviço de todos os tipos, e da capacidade que uma cidade pode oferecer. Serviços estes, que quando não suportam a carga excedente, pregressa de outro meio, como o campo, e que quase sempre acontece, explodem em péssimos atendimentos ou nenhum existente, além, é claro, a urgente criação de empregos para que este excedente possa sobreviver na ‘cidade grande’. Por sua vez o homem do campo, exímio conhecedor do campo, mas sem preparo algum para a cidade grande, se vê como um homem perdido no deserto, que precisa sobreviver à sede e a fome, até encontrar o seu habitat natural, mas que não vê saída eminente, pois até retornar a sua terra natal se tornou um sonho impossível de ser realizado. Segundo estatísticas do IBGE, existem hoje no Brasil um milhão de pessoas na beira de estradas acampadas, esperando a repetidamente falada reforma agrária, e outro milhão, que trabalham de sol a sol nas safras e entre safras deste país, em condições sub-miseráveis, que a qualquer mortal envergonha e entristece. Hoje no mundo, o Brasil é o maior produtor e consumidor de álcool etanol, principalmente a partir de 2003, quando foi criada a tecnologia dos carros FLEX. O Proálcool, criado pelos militares na década de setenta, e totalmente subsidiado pelo governo, quase foi desativado na década de noventa pelo seu maior subsidiador, que é de fato o BNDES. Isto porque depois de passada as duas crises de petróleo, a de 1973, que foi o estopim para criação do proálcool, e a de 1983, verificou-se que não valia a pena manter um programa tão caro, subsidiado pelo governo e que começava a dar mais prejuízo que lucro. Visto que o carro a álcool criado pioneiramente no Brasil, não apresentava as condições ideais de trabalho tal qual o carro a gasolina. Além do mais com a passagem da crise do petróleo, e os Árabes voltando a praticar um preço mais justo, houve queda no preço dos derivados do petróleo, o que colocou em duvida na década de 90 a continuação do Proálcool. Mais talvez por terem visto que, a desativação do Proálcool iria custar outros milhões de reais aos cofres públicos, foi-se tocando o barco, e com a evolução da tecnologia mecânica automotiva, e isto graças ao sistema de injeção eletrônica, criou-se o carro FLEX, que consome álcool e gasolina. No início produzido timidamente, que com o passar dos anos e a crescente aceitação dos usuários, as montadoras resolveram investir mais e mais em tal tecnologia, o que veio salvar o Proálcool de sua definitiva desativação. Hoje sabemos que o petróleo não para de subir, mas o mundo não entra mais em crise por causa do seu preço, pois já existem, e cada vez mais aparece, inúmeras alternativas de consumo de energia, usadas nas industrias e nas frotas automotivas de cada país. Entre outras o nosso álcool, plantado e aqui produzido, se mostra como solução para o mundo moderno consumidor, a ponto de os Estados Unidos da América se interessar, em comprar álcool brasileiro e importar a nossa tecnologia de motores a álcool, pois sabemos, que os 11 milhões de poços de petróleo em solo americanos, cada vez menos produzem óleo, num país que cada vez mais, consome mais petróleo. Uma nova e recente estatística, diz que no ano de 2015, metade da frota mundial de carros, que indubitavelmente, será maior que a atual, será de carros FLEX. Quer queira quer não, o Brasil saiu na frente com a produção de álcool, e que agora países como os Estados Unidos e até a Europa já acenam com a possibilidade de instalar e produzir em seus pátios, carros FLEX, com compra e importação de tecnologia e álcool brasileiro. O valor do álcool na bomba é digno do que se produz, ainda sem exportação, com a exportação precisaríamos produzir muito mais álcool do que agora se consome. O mesmo não se diz com a produção do álcool na ponta de produção, ou seja, no campo, com bóias-frias mal pagos, excesso de trabalho e produção, e as terríveis seqüelas na saúde. Precisamos remunerar este homem do campo, que trabalha no corte de cana para a produção de álcool e açúcar, com a dignidade e importância, que o valor inserido da sua produção cabe na bomba distribuidora. Nós temos como exemplo a Petrobrás, em que da produção dos poços ao consumo na bomba, o valor inserido, reflete o valor produzido. Certamente que, prendendo este homem no campo, com salário digno, diminuiríamos na cidade as grandes aglomerações que vemos em cada morro, e por tabela, a violência, a questão do desemprego etc...

A produção de biodiesel, pesquisa incentivada a sua produção industrial pelo governo Lula, e a recém descoberta do H-bio, que são combustíveis de origem vegetal, assim como o álcool, faz naturalmente a gente pensar e perguntar: Será que já não esta na hora de criarmos a ÁLCOOBRAS? OU A BIOBRÁS ?

26/10/2006 Delton.