NAQUELE EXATO MOMENTO!

“As palmeiras são plantas perenes, arborescentes, tipicamente com caule cilíndrico não ramificado do tipo estipe, atingindo grandes alturas.” Wikipédia.

Isso é para ajudar a descrever um enorme pé de palmeira em que as suas folhagens são agarradas ao próprio caule. Tais folhagens, com o tempo, renovam-se, isto é, algumas vão ao chão. Pesam em torno de 50 a 60 quilos, isoladamente.

Pois bem, hoje pela manhã, resolvi mudar o caminho que sempre percorro para ir ao trabalho. Às vezes, nem sempre uma única trajetória nos leva aos nossos objetivos.

Quando estava passando a pé, próximo a uma lagoa, mais precisamente Lagoa da Pampulha, nem sequer observava as enormes palmeiras que estão presentes na orla e, não obstante, fazem deveras o sagrado e adorável dever de embelezar àquela região. Estava meio que apressado para chegar ao meu objetivo, pegar o ônibus.

De repente próximo a mim, passam três ciclistas e, em poucos segundos, ouço o estrondo de uma folhagem de palmeira caindo justamente onde àqueles esportistas haviam passado. Ressalto: isso num curto lapso temporal. Foi incrível!

Incrível mesmo foi perceber que naquele exato momento ao invés de deparar com algo ruim, observei tão somente o reverso da possível desgraça que ocorreria. Isto é, a magia envolvente da perfeição Divina.

Não que eu seja fiel ao brocardo que diz: “sou igual São Tomé, só acredito vendo!”, mas realmente a sensação de presenciar milagres é poderosíssima. Daí, então, torna-se necessário fazer uma pinguela entre esse brocardo e um outro, qual seja: “não cai uma folha de uma árvore, sem que Deus não queira!”

Assim são nossos caminhos, embora acostumados ao comezinho do dia-a-dia, nem sequer observamos o pulsar constante das inúmeras possibilidades que afloram a nossa frente, sempre, a nos demonstrar a grandiosidade infinita Daquele que tudo pode.

Pode inclusive dar-me uma inquieta e irrefutável vontade, não sei o por quê, de repente escrever algo que parece ser tão trivial, mas que também pode não ser. Enfim, recordo-me das palavras de um padre que sempre ao final de suas homilias diz: “àqueles que tem ouvidos para ouvir, que ouçam!”

Clovis RF
Enviado por Clovis RF em 18/10/2007
Código do texto: T699937