Bons, gritemos mais alto!

Presa em duas rodas, ela acredivatava que a liberdade estava na mecânica do andar.

O silêncio das palavras, não de quem não tivesse a ousadia de gritar, mas os olhares em derredor eram ensurdecedores.

São esses olhares que gritam até que sejam ouvidos do "País das Maravilhas" ou de "Eldorado".

E esses mesmos olhares tornam-se invisíveis, quando bastava um sussurro para atender aquele ali na esquina.

(Aqui quero levantar a bandeira que parece está ao meio mastro: dos "humanos".)

Empatia, sororidade, igualdade, fraternidade são as palavras de ordem do momento, que em muitos (repito, em muitos) beira a ficção!

Engajamento em rede, que congelam em tela.

Palavras sóbrias de entidades, autoridades, "estrelas", João e Maria.

Palavras para ler na tela, apenas no mundo híbrido. Mundo líquido e esvaído.

Bandeiras são erguidas... racismo, homofobia, machismo...

Amnésia atemporal e condicional....

A que micro geografia essa bandeira concerne?

(É isso que importa para o grito ser atendido?)

Homo Sapiens! Esqueceram da bandeira Homo Sapiens!

Ser Humano é ser humano! Pudera! Ainda dizem que é uma qualidade quando é o mais explícito pleonasmo.

Já não sei mais! É elogio?

Mas "o que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons" (Martin Luther King)

Bons, gritemos mais alto!