Se não fraqueza, é covardia.
É muito fácil me rotular de fraco sem conhecer minhas dores, meus medos e minhas vaidades. Mas, na verdade, você não sabe quantas vezes eu disse não enquanto meu corpo suplicava para dizer sim e ficar lá; mesmo sabendo que era tóxico, abusivo e que ali só havia sofrimento camuflado nesse tal “amor por mim”. Você também não sabe quantas vezes eu tive que ir embora quando minha alma errante implorava pra ficar ali. É que você não sabe o quão fraco eu fui por entender que mesmo sentindo aquele absurdo por você eu tinha que te deixar ir, porque para que eu fosse livre e fraco, como dizes, era necessário a tua liberdade. Sabe da real? Aposto que não. Você é forte demais pra entender o que é desejar, querer ficar, viver, amar... Ah, mon petit! Acho que dentre as minhas fraquezas, eu descobri que quero o inverso a tua força, a tua forma de amar, o teu desejo inverso. Deixe-me com minhas fraquezas, deixe-me livre... Mesmo todo meu ser querendo mergulhar em você, me manterei seco de tuas águas traiçoeiras.