Pandemia

 
/Fartura do meu País que tudo tem demais, até corrúptos! //
/Quem diria se o povo acanhado capitulasse //
/o chão cru que eu nasci, em dias tais... //
/Devia ter acordado cedo e sonhado em claro! //
/Da fantasia eu infartei na êxtase, //
/da boemia! //

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/Em noites de Santo Reis me despertei em puluxia... //
/Saí num dia triste e fui me refrescar na tarde fria! //
/Ela é minha, e eu, teu bem da vida. //
/Hoje, em plena luz do dia, eu transo à agonia! //
/A ironia destroçou a crise, //
/de quã mentira corredores em fila! //

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/Entre um e outros dias eu encontrei um selfie nudes...//
/Eu não sorri pra ira, sofri à crise e acordei na vida! //
/Se eu não pudesse tanto te amar, não amaria... //
/A trilha vai levar além da ilha, os imbecis! //
/Aqui, se queres tu saber, //
/tô nem aí contigo! //

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/No dia do meu batismo segui um trem embriagado. //
/Desconsolado, olhei pra ti! Disse-te em versos líricos... //
/Se há amor maior, eu me perdi. //
/O som da lira de Apolo eu já ouvi! //
/Há três coisas boas na vida: ceder, //
/dar o melhor de si //
/e nunca desistir! //
Macêdo Alves
Enviado por Macêdo Alves em 13/08/2020
Reeditado em 18/09/2020
Código do texto: T7034612
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