CARTA AO ESCRITOR
DE JOEL MARINHO
Prezado escritor, sou um leitor anônimo e talvez nunca vamos nos encontrar, porém gostaria muito de lhe falar umas coisas, espero desde já que não fique aborrecido comigo, pois dentre os meus questionamentos há perguntas impertinentes, porém gostaria que você não levasse para o lado pessoal. Meu nome eu tenho certeza que não fará muito diferença, por isso eu prefiro ficar no anonimato.
O primeiro questionamento é sobre um conto seu que li onde você não deixou claro qual o destino final do personagem, apesar de deixar claro que ele morreu existe uma lacuna muito grande, não sabemos qual o segredo que ele levou para o tumulo e isso não se faz com um leitor assíduo e altamente curioso como eu. Estou realmente passando mal por esse segredo.
Na próxima vez em que escrever um conto tenha, por favor, bom senso de colocar em evidência o desfecho da estória, pois o que você fez na última vez foi de uma maldade sem precedente e me deixou extremamente mal até o presente momento. Como assim matar o personagem sem ele deixar suas últimas palavras ao seu público?
E por fim, eu sou um leitor que não perco nenhum de seus escritos, nesse sentido gostaria muito que você não me deixasse mais nessa ansiedade imensa para saber o final do conto. Até pensei algumas possibilidades, porém nenhuma delas preencheu a minha ânsia maldita a qual me fez perder o sono.
Ó, meu caro escritor, peço-lhe encarecidamente que procure algo para revelar esse segredo, assim trará uma imensa alegria a esse pobre leitor.
Em meio a  grandessíssima agonia  deixo aqui o meu abraço juntamente com o meu protesto. Não tive em nenhum momento a intenção de ferir sua autoestima quanto escritor. Quero apenas que pense nos seus leitores que sofrem de ansiedade misturada a curiosidade.
Desde já peço desculpas pelo meu desabafo, mas não poderia ficar calado, talvez a minha angústia seja de tantos outros, porém não tem a mesma coragem de falar.
Um grande abraço desse seu leitor anônimo que tem a esperança de ser atendido em breve!

A pedido do leitor rsrsrsr.