Pequeno Tributo

Oi, mãe preta do cerrado, oi mãe preta das noites da senzala, oi mãe preta das negras lindas da áfrica...

Oi mãe preta das regras do esteio do nada do engenho, mãe preta do abuso seio dos loiros senhores, mãe preta que ao cair das tardes seus sonhos e senhores vinham a lhe perturbar, retirando de ti a mais ínfima dor.

Mãe preta dos delírios, do triste canto a se procurar, a se consumir que ate no seu banzo tinha que achar sentido para rir, para viver, viver o que não lhe era permitido.

Viver o que não lhe era de direito, mãe preta, símbolo da resistência da dor.

MARIA TEREZA
Enviado por MARIA TEREZA em 22/10/2007
Código do texto: T704174