Sobre nós

Desatar nós requer habilidade e um pouco de destreza. Quase nunca é possível, sem o uso das duas mãos. A satisfação de desfazer o emaranhado, compensa todo esforço para traçar a melhor estratégia e executa-la. Tem nó de tudo quanto é jeito. Tem técnica para dar nó. Técnica para desfazer nó. Muitas vezes os nós são na garganta, em forma de choro preso, de grito contido. Esses nós também precisam se desfazer. É preciso que se convertam em lagrimas. Limpem as janelas da alma, como chuva forte quando limpa o pára-brisa: por um momento não se pode ver, até que cesse, que seque. Nó desfeito, visão recuperada. Pensar em nós sugere logo pronome pessoal, o "eu + alguém". Quem dera que, pra todos os nós tivesse o "nós" pra auxiliar. Nem sempre é assim. Para cada vida, para cada ser, nós próprios. A vida sabe dar um monte de nós. Vale usar as duas mãos, unindo-lhes para pedir ajuda ao grande Pai. E enfrentar os nós faz parte da caminhada, mesmo que a fé seja a única ferramenta que se possua.

Geralmente é assim que acontece: o nó, o eu e só. Ficar preso no nó, impede de seguir. Preso no só, impede o eu de tentar e conseguir...ficar preso no eu, é ficar com nó e só.

Para desfazer nós, o melhor "nós" é Deus e eu. E só.

Alda Guimarães
Enviado por Alda Guimarães em 22/08/2020
Código do texto: T7042964
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