A cortina do palco e os três alarmes'

Quando eu fui a um teatro pela primeira vez lembro_me de ver"Arena conta Zumbi' .

Lembro de muita coisa boa ali, quando tomávamos nossos lugares no chão , atentos , emocionados. "Tão jovens. ...".

Tempo recente

Há poucos anos, entrei pela primeira vez em um grande Teatro, vendo o Musical "Mudança de hábito". Quanta magia tem o Teatro!A emoção de entrar naquele lugar sagrado até me provocou lágrimas!

Os alarmes

São três

Um.....dois.... três e silêncio na platéia

Começa a apresentação.Eu morreria feliz ali, tamanha emoção.

O nosso cenário hoje

Um palco,com personagens bem distantes daqueles que vimos.

Temos em comum o palco

Temos em comum a cortina

O que destrói a magia, é a baciada sobre a Educação, sobre as Universidades, sobre os Fundos de apoio .Atrás da cortina, muitos órgãos que sobrevivem com a esmola das verbas governamentais estão com os dias contados, quando não sobreviverão a tantos cortes.Busquemos pedidos de assinaturas, pela mídia social, para engrossar o coro da platéia que clama por dignidade sempre, educacional e culturalmente.

A Pandemia é a cortina.

Há todo um elenco de desmanche , escondido sob seus holofotes.

Antigamente,no pico das doenças

infectocontagiosas,a sujeira era jogada pelas janelas, em latrinas,infectando as pedras das ruas com as fezes e urina dos agonizantes.Séculos depois temos o asfalto,que passa lisinho e esconde toda uma história.Passa boi, passa boiada..

(Nádia Monteiro da Silva).

Sororidade Contada em Prosa e Verso
Enviado por Sororidade Contada em Prosa e Verso em 25/08/2020
Código do texto: T7045697
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