"FÊNIX". Dedico às moças do Grupo de Acadêmicos UFF, Niterói, 1968.

Quem é Fênix?

Uma lenda ou um símbolo que renasce e faz renascer?

Para renascer é preciso ter nascido como para reeducar é preciso ter sido educado. Fênix é amor, é mulher. Um renascimento acontece nesse espaço diminuto. Grupo Direito 1968, que irradia leveza como das borboletas que se amam no leito dos ventos. Amor que nos chega como o pólen das flores amadas na brisa do carinho.

Tudo que nasce é sagrado e respeitável, muitos creem que a verdade não tem raiz, se faz como magia. Isso para os que se pensam educados e não o são. A verdade é amor e só por ele se realiza.

A mentira como a indiferença não brilha e não se agiganta, desce para profundezas onde não se constrói o amor espontâneo. Grandioso por ser simples; por isso ascende na singeleza cercada da verdade que se mostra incontrolável, e ganha o exterior como lava que desce a montanha sem nada que possa barrá-la, tal é sua força. Vem do coração, do centro das emoções.

Fênix é amor incondicional, se renova pela verdade, sempre renasce mais forte e predestinada após meio milênio de vida, é como nós, mesmo à distância, e se mostra em ouro e plumagem colorida, “esperada em seu voo por um grupo de diversas aves todas atraídas`pela novidade e contemplando maravilhadas tão bela aparição”, como descreveu o poeta Tácito.

“A maior parte do seres nasce de outros indivíduos – dizia Ovídio – mas há uma espécie que se reproduz sozinha, os assírios chamam-na Fênix”.

Tácito, enaltecendo o amor, diz que “o primeiro cuidado da ave, logo que se empluma e pode confiar em suas asas, é realizar os funerais do pai. Quando adquire confiança suficiente em seu próprio vigor leva o corpo do pai e voa com ele até o altar do sol, onde o deixa para ser consumido por chamas odoríferas de mirra”. Magnífico altar do amor.

É razão e resultado do amor que permanece gerando outras vidas para a mitológica Fênix.

Só há morte e esquecimento na casa da inverdade e do desamor para quem não se prolonga em outras vidas por amor.

Para ser vida é preciso amar verdadeiramente. Como nas mulheres e na maternidade.Sem amor não há entendimento nem compreensão por ausência de verdade, sinceridade, franqueza que extravasa; quem ama não esquece. A verdade é como o sol, não quer sombras para rebrilhar em toda a plenitude.

E nos dão as "Fênix" do Grupo o sagrado de seus interiores, suas sensibilidades prontas e aladas, verdadeiras, a levarem mirra para todos nós, cultivando, cultuando e expondo as razões da alma, limpas, humanas, belas por verdadeiras, indicando o dom da leveza.

A inteligência chega à certeza, porém, muitas vezes vem a luta do coração, mas para "Fênix" o amor se impõe.

E nossas "Fênix", colhe-se de suas manifestações líricas, lembram o ensinamento de Scipio Sighel, pois temos todos na alma clarões de sol, mas também sombras de caverna, as "Fênix" do Grupo, contudo, ENFRENTAM COM DESASSOMBRO A VERDADE POÉTICA QUE CORRE EM SEUS CORAÇÕES, QUALQUER SEJA.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/08/2020
Reeditado em 30/08/2020
Código do texto: T7050177
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