É tempo de aprender

As lembranças do aprendizado da vida, dos momentos bons e dos nem sempre bons, sem contar as tempestades e vendavais que nos surpreendem na caminhada, os espinhos que sufocam o crescimento das sementes que portamos, e as pedras do caminho que devem ser por nós retiradas, são lições guardadas na memória.

Saber as lições guardadas na memória, nem sempre é saber aplicá-las, ainda mais em se tratando da sua aplicação para o bem da coletividade como um todo, dentro do que seria, ou deveria ser, naturalmente, esperado.

É necessário abrirmos as janelas dos nossos corações, devidamente orientados pelo bom senso da razão, e enxergarmos e sentirmos os horizontes à nossa frente, as oportunidades de trabalho que temos de promover em favor da construção de um mundo melhor, ou pelo menos, mais humano.

Pois bem, setembro chegou! E com ele aguardamos a chegada da primavera. Assim como todos os tempos, é tempo de relembrarmos, de sentirmos e de reescrevermos as lições guardadas em nossas consciências, a fim de escrevermos novas páginas de um florescer de um novo tempo que, há muito, já vem dando às caras, num ar de surpresas para muitos dos desavisados.

Que possamos aproveitar o ensejo destes momentos para refletirmos sobre o quanto já caminhamos pela eternidade, que é lá e aqui também; sobre o peso das bagagens de conhecimentos que carregamos até chegarmos onde estamos agora; fazermos revista aos acontecimentos que nos surpreendem e nos colocam em prova diante de cada um de nós, chamando-nos aos desafios e à libertação para uma visão mais ampla da vida, desenvolvendo o autoconhecimento e a autonomia moral, quando seremos donos de nós mesmos, cumprindo a lei, não pela sua força coercitiva, mas pelo despertar da consciência.

Que nestes tempos de primavera, assim como em todas as estações, possamos renascer em cada instante, fazendo florescer, em todos os momentos de convivência e de autoconvivência, a força do amor, através do espírito prestativo, de estarmos cada vez mais solidários, reverenciando uns aos outros e à mãe natureza, com todos os seus componentes, para que melhoremos o chão onde pisamos, onde devemos florir.

Aproveitemos as vibrações da beleza e da realeza dessa nossa querida prima, que chega, convive com a gente e depois, num até breve, prossegue em seu caminho, mas deixando o encanto da sua presença em nossas memórias, em outras estações, para acrescentarmos algo mais de sutileza em nossas bagagens de conhecimentos; pois, afinal, as lições não se acabam, e todo o tempo é tempo de aprender.

Yé Gonçalves
Enviado por Yé Gonçalves em 02/09/2020
Reeditado em 26/10/2020
Código do texto: T7053032
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