Que mundo real, quase surrealista às mãos do Homem

Este é o mundo que vivemos, com uma economia desastrosa, com uma tristeza profunda cravada na alma, e uma mordaça que não nos deixar soltar o grito.

Este é o mundo que vivemos, com crianças a ser violadas, pessoas a morrer de fome, guerras e suicidas defendendo causas sem causa nenhuma.

Vivemos num mundo egoísta, melancólico, apático e com receio de tudo.

O dinheiro não chega para sustentar uma família

A alegria não entra em casa, e em seu lugar entra a ausência de comunicação,

E a frivolidade que rodeia este universo de coisas tristes e insatisfeitas.

Pessoa que já não querem amar, porque têm medo de sofrer

Mulheres que já não querem filhos, pela mudança de estrutura

Seres inertes que não mudam de emprego ou de relação, porque se acomodam a algo que nem sequer nunca tiveram.

É este o mundo ridículo que vivemos

Sem energia e magia

Sem alegria e crenças

Sem mudanças interiores

Sem estados de lucidez

E isso é a droga do homem, a sua autodestruição

O inferno que queima a alma e reduz a nada, o ser que se acha alguém e não passa de objecto.

Cantamos a palavra, damos as mãos, exprimimos e soltamos as palavras…Para quê?

Porque acreditamos na paz e na alegria, mesmo que para este mundo egoísta isso seja uma utopia…

Que constrói o homem? O homem destrói aquilo que outrora construiu, e diziam que a Era de Aquário, traria a paz da alma, o olhar para lá do umbigo…

Por mim fico aqui, escrevendo, acreditando na felicidade para uns utópica… Vendo anjos a voar, mexendo na lua, envolvendo o sol, crendo no dia de amanhã quando olho o meu filho, e mastigando o egoísmo atroz dos outros, rezando pela mudança, chorando pela indiferença, e iludida pela verdade da vertigem…

Sem jamais largar a varinha de condão! Sim, porque eu acredito em fadas, e tenho uma varinha que guardo, feito estrelinha pelo momento a alma certa a venha buscar, para num piscar de olhos, mudar o mundo.

Joana Sousa Freitas
Enviado por Joana Sousa Freitas em 12/11/2005
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