ESCREVO PARA O LEITOR, OU PARA MIM?


Ultimamente tenho pensado muito nisso.
Há pessoas que dizem que escrever,
é pensar primeiro no leitor.
Não me sinto assim. Quando escrevo, eu escrevo para mim.
É como um diário secreto, que publico. Digo secreto, porque antes era meu, depois passou a ser público.

Mas o que publico, nunca penso em primeiro lugar agradar o público, mas primeiro simplesmente é algo meu que nasce, escrevo para mim. Depois, penso em alguém que possa parar na minha página, ler e  talvez se identificar (ou não).  E lógico que gosto das pessoas que lêem e comentam. Quem não gosta?  E quando publico, e vejo que meu texto foi apreciado, fico muito contente! Quem não fica?

Muitas vezes fico a noite no Recanto clicando aqui, ali, e muitos textos me identifico. E comento. Outros, apesar de ter certa identificação, não sinto aquele impulso de comentar. E há aqueles que não me identifico em nada. As  vezes vejo que esses textos são admirados, e comentados. Aí esta a diferença da visão, e do interior de cada um, e até
tenho um certo prazer em constatar isso.

Acredito que algumas pessoas leiam meus textos, e possam achar "cheesy "(como diz o Americano). Muito adocicados, muito intimistas.
Muitas vezes coloco fotos minhas, porque quero de certa forma dar uma ligação ao texto, dependendo do que estou falando e criar aquela intimidade do leitor com o texto (aí estou pensando no leitor!).

De vez em quando quando estou um pouco cansada da Mary, dou uma voada nas prosas poéticas e encarno um personagem diferente, mais agressivo, com ideias bem diferentes das minhas, as vezes até
mais devassas - rs.

Mas na maioria, gosto de escrever as experiencias que passo,  o que sinto,  porque sei que alguém nesse mundo já sentiu, ou experimentou. Ou talvez vá parar e pensar sobre aquilo. (ou talvez não!). Na escrita, tudo e uma surpresa, talvez por isso me fascine tanto!

Aqui no Recanto há algo automático que tenho notado, quando você visita algum escritor (a) e lê seu texto.
Ele (a) imediatamente visita o seu, e as vezes clica em qualquer um deles (as vezes o mais curto - rs) e deixa um comentário impessoal, ou usa como referencia o comentario do outro. Como se tivesse obrigação de bater o ponto na  pagina.

Jamais comento um texto em leitura dinâmica. Não comento em quantidade, mas com qualidade. Mas cada um tem o seu jeito.

Claro que muitas vezes pessoas que me visitam, eu vou visitar,  pois tenho a curiosidade de saber como são seus textos. Mas jamais por obrigação!
Vou também muito por referencias, outro dia a Monica Cordeiro me falou de alguem que ela achava que eu iria gostar, o Chicco Arboles. Fui ler os textos dele, e amei! (já voltei muitas vezes!).

Gosto de diversificar, mas não gosto de estar aqui como isso fosse um emprego. Ou seja, fazer as coisas de um modo robotizado. Talvez, pela minha própria personalidade, eu mergulho mesmo em tudo.
Mas longe de mim de criticar os que não mergulham. Respeito todos os estilos.

Essa Crônica
de hoje, é só uma conversa de dentro, aquelas que a gente fica  às vezes pensando e sente vontade de torná-la  pública.
 
Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 07/09/2020
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T7057442
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