Classe média engolidora de sapos

Para quem assiste jornais com atenção, deve ter se atentado a uma coisa, o futuro do Brasil é o que temos hoje. Há quem não saiba o que diz a expressão: “a classe média é quem paga a conta”. Porém, é fácil de entender. Não é preciso estudar “Milagrelogia” (absurdos políticos) para chegar a uma conclusão sensata. O porquê, de o país ser uma piii.... Basta somar dois e dois, e teremos o resultado perfeito, negativo um. Este o resultado da simplória conta, a classe média deve um.

E como chegar a este resultado, simples, o governo arrecada quatro em impostos. Gasta um para manter funcionários, gastos da máquina pública e outros. Um para manter seus luxos, vinhos minimamente premiados, senadores de seis meses, aviões para servir políticos e outras luxurias bestiais.

Um em elefantes brancos (angra, transamazônica, copa do mundo, transposição do rio São Francisco, olimpíadas e demais integrantes da manada). Por rotina, inacabados ou em fase de construção e sempre necessitando de adendos. E mais um “tantico de nada” que sobra, em ajuda a população, bolsa família, ajuda emergencial, remédios gratuitos. E o restante do quase nada, em creches, hospitais, rodovias e demais necessidades.

Deste modo sobrevive a população brasileira e com a absurda aquiescência do governo. O legislativo cria doideiras, (fundo partidário eleitoral), o executivo crê na veracidade da mula-sem-cabeça, o judiciário, seguindo a tradição de minerva, fecha os olhos vendados. E as provas destas aberrações, se atropelam na fila das sem-vergonhices.

O governo aprova leis, dando aos legisladores (de causa própria), aumento salarial. O executivo acata a benfeitoria, desde que se estenda a todos os setores. O judiciário que não enxerga nada, não opina, afinal, a justiça é cega. Isto lembra Os Mamonas Assassinas: “mas que raio de suruba é esta, já me passaram a mão na bunda e ainda não comi ninguém”.

O país está uma m... e para arrumar a casa, os legisladores sacaneiam a população. Deixa esta a... “creia, Deus dará”. Por que o governo não pode, está quebrado.

Contudo, este soa impróprio. Como aceitar justo, aumentos salariais, ajuda de custo, verbas para gabinete, aposentadorias especiais, cumulação destas, senadores de seis meses e outras mentiras para surdo. E ter que engolir a justificativa de que o país está falido, por culpa do Zé. Um sanguessuga, que após trinta e cinco anos ou mais de contribuição, quer se aposentar com menos de mil reais por mês.

Bem, eis aqui um bom exemplo de como a classe média paga a conta.

O Zé, não vai receber uma aposentadoria digna. O máximo que este pode aspirar, é uma lei que obrigue empresas de ônibus, a fornecer aos aposentados, passagem grátis. A empresa faz. Contudo, distribui o valor das passagens dos idosos, no preço dos demais passageiros. Isto ocorre em outros setores da sociedade, salário maternidade, bolsa família, auxílio emergencial, bolsa escola e demais. Fazendo isto, o governo tem para si, grande parte dos votos para sua reeleição.

Percebe quem paga os luxos do governo e as migalhas dada a população? Os pagadores de impostos, a classe média.

Um país justo deve ser feito com um povo culto, não, com vendedores de votos.

Logo, se nada mudar neste país, nosso futuro será este que vivemos hoje.

Filtrando este raciocínio, podemos dizer: “atenção moçada, no meu tempo, eu quero dizer daqui a dez anos”.

Millôr Fernandes

O escritor do lago

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Paulo Cesar Santos
Enviado por Paulo Cesar Santos em 18/09/2020
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