SER VEÍCULO DA PAZ. TER PAZ DEFINITIVA.

Aparecemos como? Os homens precisam aparecer, é uma afirmação do vencedor, de quem busca sobressair. É um direito? Sim.

Só os veículos nesse transe de trânsito, são ou não legítimos. Sendo úteis para a sociedade, louva-se. Significa amar, isto compreende amar desmedidamente. Ao menos ser educado, elegante com todos. No que respeita o todo de condutas; com todos, homens e especialmente mulheres.

Nada propagar, quando é preciso fazê-lo, pela boa vontade, é omissão. Nutrindo ideias conformes e compondo ações, palavras, motivadoras dos homens para utilidade construtiva, se impõe. Buscar

unidade, ao invés de aparelhar conflitos de qualquer natureza. Isto desmerece.

Quem ama e quer o bem do ser humano não quer conflitos, disputas. A história mostra que enfrentamentos só trazem desconstrução. Tem sido assim; nos traz a historiografia.

As posições divisionárias, promovendo desigualdades que já existem em nome de igualdades oponentes à natureza desigual, desbordam do desejável.

Credite-se à pequenez teórica a compensação de vazios nunca preenchidos. Estão na ótica dos que vigoram entre a patologia e o gene histórico de grandes sequelas, os hitleres e que tais, os que foram e não ficaram. Só em mapeamento maculado. Uma mancha na humanidade, algumas, como os direitos pétreos que vibram gritando por liberdades. As manchas não se apagam para não serem deslembradas.

Movimentando a inteligência mediana ou farta para prover o mundo do que não aproxima nem faz amar, torna-se preferível silenciar, nunca animar confrontos ou destruição.

Somos impulso ou causa do que propagamos. Somos resultado. Causação que move o mundo. E iremos salvar ou sofrer nessas medidas de causa eficiente.

Nenhum pregador de confrontos terá paz, será a negação da paz, a ausência do amor. Nada, muito menos possíveis bondades, se estabelecem em confrontos, implantam permanências, conta a história.

Um movimento exclui o outro. É simples de inferir. As coletividades, alvos das "boas doutrinas" que trariam a boa vontade, não lograram destinação positiva. Sucumbiram muitos em grandes genocídios frutos da pregação do confronto.

Ninguém terá paz ou sucesso pessoal, material e espiritual, pregando confrontos. Amargará uma vida inteira de cominações materiais e espirituais. Seu testemunho será sua verdade pessoal que assistirá sempre sua derrota, pessoal. Seus sonhos serão sempre pesadelos. Nada realizará. Mesmo as menores vontades que o mundo oferta em felicidades que enriquecem o espírito e confortam o corpo não serão bastantes para inibir os que não amam. Os que não amam por vezes nem são assim, não percebem que andejam caminhos desconhecidos de seus logos.

Nessa toada, vemos e vimos isso, o pesadelo povoará o sonho.

Sem pregar a paz, não se terá paz.

Plantar confronto e discórdia, será nascedouro da ansiedade interminável que varre toda uma vida de desconforto total.

O TÚMULO DE JESUS VAZIO É INFINITUDE.

Pense-se nisso. Vale fugir da paz e da quimera dessa serenidade eterna, quando de tudo nada se sabe? Ou melhor seria apostar como Voltaire?

Lavar a alma, ter paz. Andar no seu chão e no mundo, recolhendo o conhecimento que faz amar. Ser respeitado maximamente sem tanto ter buscado, declinadas e recusadas reverências renunciadas, por ser paz, ter paz, querer-se somente só paz. Mais nada, nada vale a paz.

Estar distante das infrações da alma, todas, mesmo as mínimas não punidas, mas catalogadas em códigos pessoais. Essa a grande meta.

Estar próximo dos próximos e de todos, mesmo dos que não comungam no mesmo cálice; haurir e ouvir o que já absorveu, com paciência e serenidade; compreender a compreensão que perdoa e estar aberto a entender as asperezas não sufragadas.

Estar acima de qualquer altura material chegada, recebida, dividida e tratada com tranquilidade e simplicidade, distribuir o mais justo aliado ao mais belo, justiça, píncaro da caminhada na convocação do destino.

Conhecer profundamente e sob os olhos, na maturidade da vida, o desfile das misérias humanas, sofrer por essas realidades sem poder mitigá-las; ajustar conflitos humanos sem a possibilidade de extingui-los, viver nos labirintos enigmáticos dessas verdades.

Dizer no conforto da paz os valores codificados para serem respeitados sob coerção imperativa posta pela sociedade, pelo respeito desconhecido por quase todos.

Respeito é chave da grande porta social por onde entram os crimes e a utilidade humana; sem respeito não há paz, só ele lava a alma andante pelo mundo e provoca quando ausente os males da inveja, carregada angustiadamente pelos piores personagens.

Morrer para ensinar, vivendo.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 03/10/2020
Reeditado em 03/10/2020
Código do texto: T7078869
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.