Desabafo Educacional

No artigo II, da Lei 9394/96, encontramos: A educação , dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideias de solidariedade humana, tem por finalidade o desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação profissional. Tanto na lei, quanto na teoria isso funciona muito bem. E na prática?

Acredito nas práticas progressistas, que ajudem ao educando no despertar de seus talentos, na valorização de seus conhecimentos prévios , levando-o construir sua própria aprendizagem, o que não pode ser confundido com permitir que os educandos continuem exatamente com os mesmos conhecimentos que já possuía antes da intervenção do professor. É necessário desafiá-los, levá-los ao interesse de sistematização dos conhecimentos prévios. E para isso, é necessário ensiná-los, como por exemplo: a estruturação de textos, os fundamentos da matemática, entre muitos outros conceitos.

Não acredito em aulas passivas, (aulas estas, que vinha dando atualmente) já fui mais progressista, onde o professor ensina e o aluno aprende, ou finge que aprendeu.

Infelizmente, para que as mudanças ocorram, é necessário que todos tenham boa vontade.

Numa escola, onde direção e colegas não acreditam na construção dos alunoss é uma forma de não dar aulas, fica muito difícil.

Na minha opinião, o jogo e a brincadeira ajudam na aquisição de valores, estimulam a criatividade, o auto-conhecimento, na percepção dos próprios limites, e , é claro na construção do conhecimento.

Não pretendo me justificar, pois andei acomodada, mas já estou mudando, fica difícil sim, mas não impossível.

Se todos nós deixarmos como está, o que esperar das futuras gerações?

Com certeza maior violência, aumento da pobreza, maior desagregação familiar. E você que está lendo este desabafo educacional? Você deve estar pensando:

- Meu filho eu educo, então ele será um cidadão de bem.

Então eu te pergunto?

- E aquele menino(a) da tua rua, do teu bairro, da tua escola, que tem vários problemas, que não tem condições de competir por uma boa educação, por uma boa bagagem de conhecimento, por um bom emprego. E que já demonstra um potencial violento. O que será dele?

Pode ser que ele seja bem sucedido como trabalhador braçal, como político como traficante... Pode!

Mas, o que esperar de uma sociedade assim para nossos filhos bem educados, com boa bagagem de conhecimento, em condições de competir no mercado de trabalho?

Estamos muito preocupados com o Meio Ambiente, mas esquecemos que nós, seres humanos somos parte dele, urge cuidar da água, da natureza, do efeito estufa. Mas não podemos esquecer que precisamos de um esforço coletivo para tornar a Educação de nossas crianças e jovens, realmente um compromisso de todos e de cada um de nós.

Façamos, então, cada um a sua parte.

Maugarina

Maugarina
Enviado por Maugarina em 24/10/2007
Reeditado em 05/02/2013
Código do texto: T708349
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